O ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Ernesto Ribeiro da Silva, Paulo Dapé), e outros envolvidos na morte do radialista Ronaldo Santana estarão sentados no banco de réus, no mês de março de 2015.
A decisão foi prolatada pelo Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Eunápolis, Otaviano Andrade de Souza e publicada nesta quarta-feira, 12, no Diário Oficial.
O crime se arrasta desde 09 de outubro de 1997, tendo os envolvidos se beneficiado com medidas judiciais que prolongaram o processo até os dias de hoje.
Depois de ter sanado todas as pendências, o Juiz Otaviano Andrade Sobrinho considera o processo pronto para ser julgado, e pede a inclusão em pauta para Sessão de Instrução e Julgamento na reunião do Tribunal do Júri a ser convocada para o mês de março de 2015.
Paulo Ernesto Ribeiro da Silva (Paulo Dapé) e outros três acusados no crime que vitimou o radialista Ronaldo Santana em 09/10/1997, estarão indo a Júri Popular.
CRONOLOGIA
9/10/1997 – Ronaldo Santana de Araújo é assassinado com quatro tiros na Rua Duque de Caxias, quando se dirigia com seu filho, Márcio Alan, à Rádio Jornal, em Eunápolis, onde trabalhava. Morreu poucas horas depois no hospital
16/10/1997 – O delegado Júlio Souza pede a prisão preventiva de Paulo Sérgio Mendes Lima, suspeito da participação na morte de Ronaldo Santana
10/11/1998 – Paulo Sérgio Mendes Lima é preso em Goiânia (Goiás) por seu envolvimento no assassinato de Sebastião Alves Nogueira, em 8/11/1998, naquele Estado. Ele confessa que foi contatado para contratar as pessoas que mataram Ronaldo Santana e diz que o mandante é o prefeito de Eunápolis, Paulo Dapé.
18/11/1998 – Paulo Sérgio Mendes Lima dá novo depoimento em Salvador e confirma tudo o que disse em Goiânia
18/11/1998 – O delegado Júlio Souza pede a prisão temporária de Maria José Ferreira Souza (Maria Sindoiá), Antônio Oliveira Souza (Toninho do Caixa) e Waldemir Batista de Oliveira (Dudu), citados por Paulo Sérgio Mendes Lima em seu depoimento como intermediários no crime. Eles são levados a depor em Salvador. Negam seu envolvimento no crime e são liberados em seguida
19/11/1998 – Em acareação feita com a funcionária Maria Sindoiá, Paulo Sérgio Mendes Lima confirma seu depoimento. Maria Sindoiá diz que Lima esteve conversando com ela, mas não para acertar a morte do radialista
10/12/1998 – Na data de comemoração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, 61 entidades assinam a Carta de Eunápolis pedindo o fim da impunidade
22/01/1999 – O Departamento de Direitos Humanos do Ministério da Justiça encaminha ao Ministério Público da Bahia um pedido para agilizar a investigação sobre o assassinato de Ronaldo Santana.
5/02/1999 – Paulo Sérgio Mendes Lima dá um novo depoimento, com registro no cartório de Goiânia (Goiás). Desmente tudo o que disse antes sobre o prefeito Paulo Dapé. Disse que deu o primeiro depoimento sob pressão.
4/03/1999 – Paulo Sérgio Mendes Lima dá um novo depoimento na Delegacia de Investigações Criminais em Goiânia, novamente desmentindo que a ordem do assassinato havia sido dada por Paulo Dapé e outros detalhes do primeiro depoimento.
15/03/00 – Lima é condenado, em Goiânia, por crime de lesões graves com resultado presumível pela participação na morte de Sebastião Alves Nogueira. A pena de um ano, quatro meses e 15 dias de privação de liberdade, já havia sido cumprida, porque ele estava preso desde novembro de 1998.
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