O senador é investigado por suposto recebimento
de propina da Odebrecht para ajudar a empreiteira na construção de duas usinas
hidrelétricas
Um dos inquéritos contra o
senador Aécio Neves no Supremo Tribunal Federal (STF) foi redistribuído para o
ministro Edson Fachin nesta quinta-feira, 10. Aécio é investigado por suposto
recebimento de propina da Odebrecht para ajudar a empreiteira na construção das
usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.
A redistribuição ocorreu em
resposta à defesa de Aécio, que pedia o encaminhamento do inquérito para o
ministro Gilmar Mendes. A defesa alegou que a investigação trata de supostas
irregularidades no setor elétrico, assim como outro inquérito contra o senador
que já é relatado por Gilmar sobre distribuição de propina no caso de Furnas.
Fachin, porém, avaliou que os temas não são correlatos e que a redistribuição
deveria ocorrer por meio de sorteio eletrônico.
Por serem investigados em
casos semelhantes, outros cinco políticos com foro privilegiado também tiveram
processos redistribuídos para Fachin no sorteio: o líder do governo no Senado,
senador Romero Jucá (PMDB-RR), o senador Ivo Cassol (PP-RO), o senador Valdir
Raupp (PMDB-RO), o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Arlindo
Chinaglia (PT-SP).
Para Fachin, todos os
inquéritos "versam sobre as atuações espúrias do grupo Odebrecht no âmbito
do 'Projeto Madeira'". Relator da Operação Lava Jato, foi o próprio Fachin
quem pediu a redistribuição dos casos, mas acabou sendo sorteado novamente. Ao
solicitar a redistribuição em bloco ele justificou que, embora os inquéritos
possuam conexão entre si, não têm relação com a Lava Jato, motivo pelo qual os
processos haviam sido encaminhados para ele inicialmente./ Agência Estado
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