MAELI PRADO BRASÍLIA, DF
(FOLHAPRESS) - Ao comentar a alta de 0,2% no PIB (Produto Interno Bruto) do
segundo trimestre, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a
retomada da atividade irá se fortalecer nos próximos meses, e que a recuperação
é consequência das medidas adotadas pela equipe econômica. "Entraremos em
2018 num ritmo forte e constante.
Continuaremos a trabalhar
para garantir que essa expansão seja longa e duradoura, gerando emprego e renda
para os brasileiros", afirmou o ministro por meio de nota. O IBGE informou
que o PIB teve alta de 0,2% de abril a junho frente aos três meses anteriores.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a economia avançou 0,3%. O
resultado ocorre após o PIB ter crescido 1% no primeiro trimestre, puxado pelo
setor agropecuário, o que foi comemorado pelo governo como o fim da recessão.
"As medidas que adotamos para recolocar o Brasil no caminho do crescimento
sustentável começam a mostrar seus efeitos.
As empresas estão voltando a
contratar. A inflação baixa e a queda consistente dos juros contribuem para a
retomada do consumo das famílias. O IBGE mostrou que o consumo familiar voltou
a crescer depois de nove trimestres de retração", disse o ministro. Para
Meirelles, os números do IBGE são a confirmação de que o Brasil está superando
a recessão. "Dados do IBGE divulgados hoje confirmam que o Brasil está
superando a pior recessão da história.
"Registramos entre abril
e junho o segundo trimestre consecutivo de crescimento, depois de dois anos de
retração, inflação recorde e desemprego crescente." RECUPERAÇÃO
DISSEMINADA Em vídeo divulgado em rede social no final da tarde, Meirelles ressaltou
que o crescimento do segundo trimestre foi devido não à agricultura, como
aconteceu nos primeiros três meses do ano, mas por causa do comércio, serviços
e indústria. "No primeiro trimestre o crescimento foi de 1%, mas desse
crescimento, 0,8% veio da agricultura.
No segundo trimestre, foi o
efeito contrário. O restante da economia, comércio, serviços, indústria, foi de
0,4%, enquanto agricultura teve uma queda normal, do primeiro para o segundo
trimestre, e crescimento foi de 0,2%", afirmou o ministro. De acordo com
Meirelles, isso prova que a recuperação da economia está espalhada por todos os
setores, e não se limita ao campo.
"O importante é que o
crescimento hoje está disseminado por todos os setores, que estão crescendo a
taxa cada vez maior, 0,2% no primeiro, 0,4% no segundo." Ele ressaltou
ainda que houve alta no investimento em máquinas e equipamentos. "Os
investimentos da construção civil caíram um pouco, o que é normal.
"Porém, o investimento
em máquinas e equipamentos cresceu muito, o que é importante, pois mostra que a
economia está se recuperando e que o setor industrial já está se preparando
para investir mais e melhor." 'OUTRAS MEDIDAS' Em nota, o Ministério do
Planejamento afirmou que o principal destaque foi a retomada do consumo das
famílias e do setor de serviços, consequência, na avaliação da pasta, de
medidas como a liberação do saque das contas inativas do FGTS e redução de
juros.
A pasta afirmou ainda que
"outras medidas favoráveis ao crescimento" deverão estimular a
atividade econômica e que o segundo semestre será "ainda mais favorável à
atividade econômica". "[Essa retomada] foi resultante de medidas
propostas pelo governo de aperfeiçoamento de importantes instrumentos
econômicos", disse a pasta. "Vale dizer que, nos próximos meses,
outras medidas favoráveis ao crescimento econômico deverão alcançar resultados
similares, garantindo a manutenção da retomada da atividade, do emprego e da
renda, de maneira sólida e sustentável."
O ministério ainda salientou
a desaceleração da queda da taxa de investimento. "Houve também
contribuição favorável por parte da Formação Bruta de Capital Fixo que, a
despeito de ter registrado recuo (-0,7%), confirma a trajetória de
desaceleração da queda dos últimos quatro trimestres, preparando a retomada do
investimento, decorrente da redução da taxa de juros real futura e do cenário
mais positivo de recuperação econômica."/bemparana
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