O gás de cozinha ficou mais
caro. A Petrobras anunciou aumento de 12,9% no GLP vendido em botijões de até
13 kg, mas a alta ao consumidor dependerá do repasse das distribuidoras e
revendedoras, segundo informou a estatal. Se a elevação de preço for repassada
integralmente, a estimativa é de que o preço do botijão seja reajustado, em
média, em 5,1%, ou cerca de R$ 3,09 por botijão.
Por meio da assessoria, a
Petrobras informou que o aumento foi calculado de acordo com a política de
preços divulgada de junho deste ano e que “reflete, principalmente, a variação
das cotações do produto no mercado internacional”. Para o Sindicato Nacional
das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), ainda
existe uma defasagem de preço com o mercado externo e o aumento nas refinarias
pode afetar bem mais o bolso do consumidor: entre 7,8% e 15,4% de elevação,
dependendo do local do suprimento.
O fato é que o analista de
sistemas Vantuil Chagas, 39 anos, já não sabe o que fazer para economizar no
gás. Ele paga R$ 70 a cada quatro meses. Isso porque ele e a mulher almoçam
fora e conseguem economizar no botijão. “Imagina quem paga R$ 70 todo mês? É
muito dinheiro! E eu sei que esse valor vai refletir também no valor da comida
dos restaurantes”, criticou.
O motorista Pedro Fernandes,
50, também reclama dos valores. Como costuma fazer comida todo dia, diz que o
gás dura em média um mês e quinze dias na sua residência. Para ele, a única
forma de economizar é a adoção de um método antigo de cozinhar. “Agora o jeito
é voltar a fazer comida no fogão à lenha, porque pagar mais de R$ 70 é difícil
nesta crise”, lamentou.
A Petrobras também anunciou
um novo reajuste dos combustíveis, valendo a partir de hoje. O valor da
gasolina cairá 2,6% nas refinarias e o do diesel, 0,20%. A nova política de revisão de preços
foi divulgada pela empresa no dia 30 de junho, com o objetivo de “acompanhar as
condições do mercado e enfrentar a concorrência de importados”, segundo a
empresa.
Ao contrário de antes, quando
a empresa passava um mês para reajustar os valores, agora a empresa “avalia
todas as condições do mercado para se adaptar”, o que, de acordo com a estatal,
pode ocorrer diariamente. Além da concorrência, a companhia também alega outros
fatores no processo de decisão de preços, como o câmbio e as cotações
internacionais.
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