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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Preço do gás de cozinha passa por quarto reajuste em apenas dois meses


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O gás de cozinha ficou mais caro. A Petrobras anunciou aumento de 12,9% no GLP vendido em botijões de até 13 kg, mas a alta ao consumidor dependerá do repasse das distribuidoras e revendedoras, segundo informou a estatal. Se a elevação de preço for repassada integralmente, a estimativa é de que o preço do botijão seja reajustado, em média, em 5,1%, ou cerca de R$ 3,09 por botijão.

Por meio da assessoria, a Petrobras informou que o aumento foi calculado de acordo com a política de preços divulgada de junho deste ano e que “reflete, principalmente, a variação das cotações do produto no mercado internacional”. Para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), ainda existe uma defasagem de preço com o mercado externo e o aumento nas refinarias pode afetar bem mais o bolso do consumidor: entre 7,8% e 15,4% de elevação, dependendo do local do suprimento.

O fato é que o analista de sistemas Vantuil Chagas, 39 anos, já não sabe o que fazer para economizar no gás. Ele paga R$ 70 a cada quatro meses. Isso porque ele e a mulher almoçam fora e conseguem economizar no botijão. “Imagina quem paga R$ 70 todo mês? É muito dinheiro! E eu sei que esse valor vai refletir também no valor da comida dos restaurantes”, criticou.

O motorista Pedro Fernandes, 50, também reclama dos valores. Como costuma fazer comida todo dia, diz que o gás dura em média um mês e quinze dias na sua residência. Para ele, a única forma de economizar é a adoção de um método antigo de cozinhar. “Agora o jeito é voltar a fazer comida no fogão à lenha, porque pagar mais de R$ 70 é difícil nesta crise”, lamentou.

A Petrobras também anunciou um novo reajuste dos combustíveis, valendo a partir de hoje. O valor da gasolina cairá 2,6% nas refinarias e o do diesel,  0,20%. A nova política de revisão de preços foi divulgada pela empresa no dia 30 de junho, com o objetivo de “acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importados”, segundo a empresa.


Ao contrário de antes, quando a empresa passava um mês para reajustar os valores, agora a empresa “avalia todas as condições do mercado para se adaptar”, o que, de acordo com a estatal, pode ocorrer diariamente. Além da concorrência, a companhia também alega outros fatores no processo de decisão de preços, como o câmbio e as cotações internacionais.

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