A detenta Anna Carolina
Jatobá – condenada pelo assassinato da menina Isabella Nardoni, ocorrido em
2008 – deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no
interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (11), para gozar do benefício
da chamada 'saidinha do Dia das Crianças '.
Essa é a primeira saída
temporária de Anna Carolina, que conquistou, em julho deste ano, o benefício de
cumprir o restante de sua pena no regime semiaberto , com direito a feriados
fora da cadeia. Em 2010, ela foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão
pela morte de Isabella Nardoni , que, na época do crime, tinha 5 anos de idade.
A menina era filha do seu
marido, Alexandre Nardoni , com Ana Carolina Oliveira. A madrasta da garota
cumpre pena desde 2008 na penitenciária de Tremembé. Alexandre não deixará a
cadeia, pois sua pena é maior e, por isso, ele ainda não pode passar para o
regime semi-aberto.
Ao lado de Anna Carolina,
perto das 8h desta quarta, saiu da penitenciária também a detenta Suzane von Richthofen
– condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em outubro de 2002. Ela foi
buscada pelo namorado.
Suzanne e Anna Carolina devem
voltar à cadeia às 17h da próxima segunda-feira (16). A madrasta de Isabella
informou à Justiça que pretende passar o feriado com os filhos, de 10 e 12
anos, na capital paulista.
Benefício do semi-aberto
A decisão de beneficiar Anna
Carolina Jatobá com o regime semi-aberto foi publicada pela juíza Sueli Zeraik
de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Penais de Taubaté, no interior de
São Paulo. O pedido de progressão para o semiaberto foi feito pela defesa da
detenta e recebeu manifestação favorável do Ministério Público.
A juíza argumenta que Anna
Carolina Jatobá “preencheu o interstício probatório no regime fechado e vem
mantendo ótimo comportamento carcerário”. A magistrada diz ainda que a
postulante foi submetida a exames criminológicos cujo resultado foi considerado
como positivo por todos os membros da Comissão Técnica de Classificação.
A juíza acrescenta que, de
acordo com os testes aplicados, “a possibilidade de reincidência é nula”.
“Embora ela não reconheça a culpa, possui percepção da gravidade do ocorrido,
apresenta juízo crítico da realidade, valores éticos e morais preservados,
autocrítica, tolerância à frustração e controle sobre sua agressividade ou
impulsividade” no episódio da morte de Isabella Nardoni, destaca Sueli Armani.
Nenhum comentário:
Postar um comentário