A prefeita de Medeiros Neto,
Jádina Paiva (PPS), determinou o aumento de 6,81% para os trabalhadores em
educação da rede municipal de ensino, evitando que as aulas no município fossem
paralisadas por três dias, a partir do próximo dia 11.
A delegacia do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação (APLB), de acordo com a diretora Eliene Miranda Silva
Queiroz, desde o início do ano vem dialogando com o Executivo, na tentativa de
fazer com que o município cumprisse a Lei do Piso Nacional. Na verdade, todo
ano, no mês de janeiro, o governo federal reajusta o salário dos professores.
Paralelo a isso a União faz a complementação do piso, o que garante aos
municípios a efetivação do reajuste.
Mas, ainda de acordo com a
diretora, o município alegava insuficiência de recursos. Foi aí que a delegacia
sindical da APLB contratou um técnico para fazer um diagnóstico dos recursos
que a prefeitura de Medeiros Neto recebe do FUNDEB (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Após a conclusão do
diagnóstico, segundo a diretora sindical, foi confirmado que o município teria
condições de reajustar o salário dos educadores. E, após três reuniões sem
consenso da diretoria da APLB com representantes do Executivo, a categoria, em
assembleia, decidiu encaminhar à prefeita Jádina Paiva a seguinte Proposta:
“Pagamento do reajuste de 6,81% na folha de pagamento do mês de março e o
retroativo dos meses de janeiro e fevereiro, respectivamente nos meses de abril
e maio e, além disso, o pagamento, no mês de março, da diferença do terço de
férias dos secretários e auxiliares de secretaria escolar”.
De acordo com a diretora
sindical, a proposta da APLB foi rejeitada pela prefeita, que fez a seguinte
contraproposta à categoria: “Pagar 3% de reajuste no mês de março e a diferença
do terço de férias dos secretários e auxiliares de secretaria”. A
contraproposta da prefeita Jádina Paiva foi submetida à análise da categoria e
rejeitada por maioria absoluta, no dia 27 de março, em assembleia
extraordinária. Nessa mesma assembleia foi aprovada uma paralisação dos
servidores da educação para os dias 10, 11 e 12 de abril.
O interessante é que, mesmo a
categoria tendo rejeitado a proposta, o município pagou, no mês de março, os 3%
para os professores e também a diferença do terço de férias para os
secretários. Mas, mesmo assim, a categoria manteve a proposta de paralisação.
Na última quarta-feira (4),
entretanto, o Executivo, segundo a diretora sindical da APLB, procurou a
promotora de Justiça Michele Aguiar Silva Resgala e foi, a partir daí que, ao
final, ainda segundo a diretora sindical, ficou acordado que o município fará o
pagamento da diferença dos 3,81% do Piso Nacional nesse mês de abril e o
pagamento respectivamente em abril e maio, do retroativo dos meses de janeiro e
fevereiro. Assim, a paralisação foi suspensa.
“Estamos vivendo momentos de
tanta instabilidade e insegurança que a nossa luta maior hoje não é nem tanto
por adquirir novos direitos, mas sim, por não perder direitos já adquiridos”,
disse Eliene Miranda.
FOTO: Reunião na
promotoria./aguapretanews
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