Centenas de pessoas
participaram do protesto no Rio de Janeiro. ANTONIO LACERDA EFE
O STF (Supremo Tribunal
Federal) julga nesta quarta-feira, 4 de abril, o pedido de habeas corpus da
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e mês de
prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex. Grupos como o
MBL e o Vem pra Rua lideraram
manifestações na noite desta terça-feira em diversas cidades do país
para pressionar os magistrados a negar a petição dos advogados do petista em
várias cidades do país.
A maior mobilização foi em
São Paulo, como de costume, mas os protestos em capitais como Rio de Janeiro,
Recife e Belo Horizonte também foram expressivos, apesar de não se compararem
nem de longe aos grandes protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Ao fim da noite, os
manifestantes receberam o apoio do comandante do Exército, general Villas Boas,
que tuitou: "Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar
o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à
Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas
missões institucionais".
Lula foi condenado pelo juiz
Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato no ano passado, mas diz estar sendo
perseguindo politicamente. Em 26 de março, o Tribunal Regional Federal da
Quarta Região (TRF-4), que já havia ratificado a condenação e aumentado a pena,
negou o recurso dos advogados do petista.
O clima no STF é de tensão
máxima, com batalha interna entre os magistrados e lobbies a favor e contra a
concessão do habeas corpus, que tem como pano de fundo a discussão sobre a
legalidade ou não de obrigar um réu a cumprir provisoriamente a pena a partir
da condenação em segunda instância./brasil
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