O filho dos atores Letícia
Spiller e Marcelo Novaes, Pedro Novaes, de 19 anos, foi flagrado com porções de
maconha e detido por policiais militares do Rio de Janeiro neste sábado (7).
De acordo com o site “UOL”,
Pedro, a namorada e mais três amigas foram abordados por policiais que faziam
uma blitz. Durante a abordagem a polícia encontrou uma porção de maconha com
Pedro e outra com a namorada do rapaz.
Eles foram levados à
delegacia onde foram autuados e vão responder pela posse e uso de
entorpecentes.
Procurado pelo UOL, Marcelo
Novaes ficou surpreso com a notícia e disse que ainda não estava sabendo do
incidente./jornalopcao
VII
ResponderExcluirO tempo dentro do seu olhar
Pai
O filho envelhecido
Carta ao jovem filho entorpecido
O chão percorrido
O chão familiar dissolvido
Passo a passo
O Chão forjado de ferro e aço
Chão talhado causticamente no sangue da reflexão
Conhecimento construído na pauta da amarga aflição
Chão que agora que o tempo passou me parece ter sido insensatamente em vão
Chão que agora reside no labirinto do meu coração
Meu pai
O chão que os seus aflitivos passos percorreram
Em busca de solução
Agora pulsam no meu estarrecido e pobre coração
Espelho particular
ResponderExcluirConsiderando que o tempo reside em cada olhar
E o infinito pulsa em cada coração
Por impulso
Resolvi comprar
Um novo espelho particular
Com todo entusiasmo
Retirei o velho espelho
Umedecido e manchado
Pelo tempo extenuado
De
Uso e desuso
E assim sendo
Após a entusiástica movimentação
Coloquei o meu longo e novo espelho particular
No lugar daquele que até então fazia a peculiar ação de me espelhar
Curiosamente
Quando o meu olhar
Fitou breve e fixamente
As profundezas da superfície do meu novo e caro espelho matinal
Senti de maneira visceral o meu vasto olhar ser sucumbido por uma tenebrosa constatação
Concretamente
O meu tempo de a cada amanhecer existir viver e sonhar
Caiu
Vou reforçar
Objetiva e solitariamente dentro de um labiríntico vão
Repentinamente
Enorme
Amarga aflição
Pulsando inequívoca e seriamente nas profundezas do meu solido e úmido coração
Irretratável consternação
Meu rosto existencial inicial
Posto naquele advento
Digo momento
Curiosamente provido de um movimento cotidianamente circunstancial
Mundo matinal
Ao amanhecer
Lado a lado
Meu olhar concretado nas minhas fotos delineadas pelo vento
Detidamente
Passei a observar algo diferente
Na pele que recobre a superfície
Do meu categórico solido sóbrio olhar
Seriamente
Passei a pensar toda a trajetória percorrida pelas minhas fotos enfileiradas
Fotos somadas
Meu rosto existencial
Lindo e natural
Havia se despedaçado
Passo a passo
Sem que eu me desse conta
Dessa meticulosa e angustiante matemática existencial
E assim sendo
Eu vi de uma outra maneira
Até então nunca sentida ou imaginada
Há minha vida pintada nas paredes do meu solido e úmido coração
Sangue e circulação
Natureza e perfeição
A minha vida espelhada
Um exercício cotidiano de fé equilíbrio e razão
E em não mais que um
Até então considerado
Um mero segundo imerso na superfície do tempo
Eu vi saindo do meu olhar
E indo lentamente em direção ao meu coração
Uma outra maneira muito diferente de pensar toda a extensão percorrida
Pelo meu agora
Querido rosto mergulhado dentro do tempo
E transformado tenebrosamente em um fantasioso palco artificial
E repentinamente eu me senti muito mal
Muito mal por sinal
E por não ter me reconhecido
Na soma imperiosa do meu novo espelho particular
Eu resolvi quebrar a superfície do meu longo espelho matinal
E me ausentar da ânsia de ver face a face
Todo dia
O fruto passo a passo
Da minha cara e sofisticada angustia peculiar
Que pulsa amargamente nas profundezas do meu solido e úmido olhar