O advogado Fernando Magalhães
relatou ter recebido ameaças por ter assumido a defesa de Adelio Bispo de
Oliveira, homem que esfaqueou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na última
quinta-feira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
“Recebemos ameaças. Tirei
meus filhos de circulação. Assim que pousamos (em Belo Horizonte), recebemos
ligação. Foi uma situação muito ruim”, disse, em entrevista ao Estado de Minas.
Além de ameaças via telefone,
as críticas ao trabalho dos quatro representantes da defesa se tornaram
frequentes nas redes sociais. O advogado Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa
disse ter sido questionado, inclusive, por colegas de profissão.
“Eu ouvi críticas, muitas
críticas nas redes sociais e por mensagens na internet. Diretamente a mim, só
críticas. Ameaças não. Vi que o doutor Zanone (Manuel de Oliveira Júnior,
também da defesa) e o Fernando, sim. Ouvi críticas até de colegas. Se não
fôssemos nós, seriam outros advogados ou até mesmo um defensor público, pago
pela sociedade. Não concordamos com a ação do Adelio, mas não vamos nos
acovardar diante de ameaças”, relatou.
Fernando fez coro às
declarações de Pedro: “Nós estamos pedindo a condenação do cara. A gente prega
que seja justa. A defesa lamenta o ocorrido. Nós não temos nada contra o
Bolsonaro. Desejamos melhoras para ele. Não existe nenhuma vontade nossa. É um
réu da Justiça. Não somos moleques da advocacia. Estamos defendendo o direito
de uma pessoa, não um partido ou uma ideologia. Não tenho partidarismo nenhum.
Defendo o direito de uma pessoa”, concluiu.
Os advogados Zanone Manuel de
Oliveira Júnior e Marcelo Manoel da Costa também trabalham na defesa de Adelio.
A reportagem tentou entrar em contato com os dois, que não atenderam as
ligações.
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