"Nesta matéria há um pequeno equivoco
entre os municípios Jucurutu e Jucuruçu".
Nas últimas semanas um vídeo
de um suposto fenômeno tem dado o que falar nas redes sociais. Com quase 5 mil
compartilhamentos, as imagens com o título “Fenômeno na BR, confundiram com o município
de Jucuruçu/ que na verdade é Jucurutu - RN”, onde mostram
carros que mesmo desligados, são ‘puxados’ para cima na rodovia aparentemente
íngreme.
Na verdade, as imagens que
rivalizaram fazem parte de uma reportagem gravada no ano de 2011, por uma
emissora local e segundo a repórter, suposto fenômeno ocorre na BR-226, mais
precisamente no Km 231, entre os municípios de Florânia e Jucurutu, no Rio
Grande do Norte.
Apesar de a reportagem
mencionar a cidade de Jucurutu, muita gente tem compartilhado o vídeo afirmando
que a ladeira ficaria em Jucuruçu, no Extremo Sul baiano, como observou um
internauta, “mesmo a repórter falando o nome da cidade o povo ainda está
compartilhando dizendo que é Jucuruçu”, escreveu em um dos comentários. Mas o que de fato ocorre no
trecho aparentemente íngreme, os carros são realmente ‘puxados’, mesmo estando
desligados?
Para muitos, existe um campo
magnético. Outros, apostam em coisas do mundo dos mortos. E há quem acredite em
influência extraterrestre. Porém, segundo o professor Ricardo Rodrigues, que dá
aulas de Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte (IFRN), tudo não passa de uma ilusão de ótica.
Explicação
Apesar de todas as histórias
que rondam o que acontece na região, há uma explicação. O professor Ricardo
Rodrigues acompanhou a equipe de reportagem da Inter TV Cabugi e comentou ao
assunto. “Se a gente estivesse neste plano horizontal veríamos a descida,
certo? Aqui neste outro ponto a inclinação já parece ser menor”, mostra.
Não tivemos acesso ao
material produzido pela TV, no entanto, por conta da repercussão na época, a
repórter, Michelle Rincon do G1 RN, reproduziu a reportagem e transcreveu
algumas partes para o noticiário.
Na reportagem, o professor
fez alguns testes para provar que tudo é uma questão de ilusão de ótica.
Primeiro ele joga água no chão. O líquido vai na mesma direção dos veículos.
Depois ele coloca uma bola, que rola na mesma direção.
Nos dois casos, ele
descarta a atração por magnetismo, já que a água e a bola não são feitas de
metal. Por último, Ricardo põe uma régua no chão. O local em que a bolha de água
fica indica o ponto mais baixo na estrada, “ou seja, mais uma vez temos a
confirmação de que, ao invés de uma subida, a pista, na verdade, é uma
descida”, afirma.
“Essa sensação se dá,
justamente, pela nossa falta de referência do plano horizontal. Esta referência
a gente perdeu por causa do relevo ao nosso redor. Na verdade, a gente não está
contrariando nenhuma lei da física”, conclui. Água no chão. O líquido vai na
mesma direção dos veículos. Depois ele coloca uma bola, que rola na mesma
direção.
Nos dois casos, ele descarta a atração por magnetismo, já que a água e
a bola não são feitas de metal. Por último, Ricardo põe uma régua no chão. O
local em que a bolha de água fica indica o ponto mais baixo na estrada, ,"ou
seja, mais uma vez temos a confirmação de que, ao invés de uma subida, a pista,
na verdade, é uma descida”, afirma.
“Essa sensação se dá,
justamente, pela nossa falta de referência do plano horizontal. Esta referência
a gente perdeu por causa do relevo ao nosso redor. Na verdade, a gente não está
contrariando nenhuma lei da física”, conclui.
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