A jovem Rayane Paulino Alves,
16 anos, foi estuprada e morta após sair de uma festa em um sítio na cidade de
Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. O paradeiro da jovem ficou desconhecido por oito dias, até o corpo
ser encontrado nas margens de uma estrada na cidade de Guararema, vizinha de
Mogi das Cruzes. Esse foi o ponto de partida para identificar o suspeito pelo
crime.
O desaparecimento
Após sair da festa em que
participava em um sítio na cidade de Mogi das Cruzes, Rayane teria decidido ir
embora para sua casa, na mesma cidade. Assim, percorreu um trajeto à beira da
estrada onde fica o sítio.
Um motorista de aplicativo
viu a garota andando a pé e se aproximou. Nesse momento, a menina teria pedido
carona para voltar para Mogi das Cruzes. Ele, por sua vez, avisou que iria para
Guararema, cidade vizinha, e que naquele horário não havia ônibus. Para
ajudá-la, o motorista a deixou na rodoviária de Guararema.
No terminal, por volta de
2h00 da manhã do sábado (20), Rayane foi abordada pelo homem que é suspeito de
estuprá-la e matá-la. De acordo com as investigações da Polícia Civil, ele
seria segurança da rodoviária. O homem teria sido flagrado por câmeras de
segurança conversando com a garota e oferecendo uma blusa a ela.
Em depoimento, o suspeito
confirmou a versão de que teria oferecido carona para a garota até Mogi das
Cruzes. Rayane aceitou a carona, entrou no carro e desapareceu.
O desaparecimento e as buscas
No sábado (20), foi
registrado um boletim de ocorrência eletrônico sobre o desaparecimento de
Rayane. A Polícia Civil instaurou um inquérito policial e iniciou as
investigações.
Os policiais, com ajuda do
Corpo de Bombeiros, iniciaram as buscas pela garota com a ajuda de um
helicóptero e cães farejadores. Na terça-feira (23), segundo o delegado que
investigou o caso, Rubens José Ângelo, o celular da garota foi encontrado no km
160 da rodovia presidente Dutra.
As buscas foram intensificadas
na região e o celular foi enviado à perícia. No dia do desaparecimento, Rayane
teria tentado fazer uma ligação para o 190, o serviço de emergência da Polícia
Militar, mas o contato não chegou a ser completado.
No carro com o suspeito
Em depoimento à polícia, o
suspeito de estuprar e matar Rayane, contou com frieza o que teria ocorrido
após a jovem entrar no veículo na rodoviária de Guararema.
Segundo a polícia, o homem
confirmou que ele teria a abordado para oferecer uma carona até a cidade de Mogi
das Cruzes. No meio do caminho, ele desviou para a cidade de Jacareí.
De acordo com o delegado Jair
Barbosa, de Mogi das Cruzes, na rodovia Dom Pedro, eles teriam parado no
acostamento e se beijado. Passado algum tempo, segundo o depoimento do suspeito,
Rayane teria se arrependido. “Você me estuprou, vou chamar a polícia."
Além disso, o delegado afirmou que a garota chegou a chutar o suspeito.
Corpo encontrado e frieza do
suspeito
O corpo de Rayanne foi
encontrado com um cadarço no pescoço, no domingo (28), em Guararema. Após
analisar câmeras de segurança e o celular encontrado, a polícia chegou até um
suspeito que foi preso nesta quarta-feira (31). Uma caneta encontrada ao lado do
corpo de Rayane, ajudou na confirmação de que o homem localizado teria
envolvimento com o crime.
O homem teria confessado,
segundo o delegado, ter a estuprado e asfixiado com o cadarço da bota da
própria Rayane. Com base no depoimento desse homem, Rayane teria tido um surto.
Em meio ao estupro, a garota teria tentado ligar para a polícia. A ligação,
porém, não se completou.
O segurança, acusado pela
morte da jovem, teria confessado o crime em seu depoimento à polícia, segundo o
delegado Jair Barbosa, "com frieza e riqueza de detalhes". Ele seria
casado e teria ainda retomado sua rotina normalmente após o crime.
Ainda segundo o delegado, as
provas também permitiram que a polícia concluísse que Rayane foi
"friamente assassinada por um sujeito que a estuprou" e que o acusado
"não era estuprador, mas a oportunidade se apresentou".
Redes sociais e prisão
Nesta quarta-feira (31),
também chamou atenção que, dias antes de sua prisão, ele teria comentado uma
publicação de um amigo que era o compartilhamento de quatro fotos da menina
publicadas pela mãe de Rayane, pedindo ajuda para localizar a garota. O
compartilhamento foi feito no dia 25, quando completavam cinco dias que a
menina estava desaparecida.
O suspeito é o primeiro a
comentar. Ele afirma que viu várias publicações a respeito do assunto e que
encontraram o celular dela em Jacareí. Em resposta ao amigo, que lamenta a
morte da menina, o suspeito acrescenta: "já até falaram que viram ela em
São José (35 km de distância da estrada em que o corpo da jovem foi
encontrado)".
O homem foi preso pela
Polícia Civil de Mogi das Cruzes, em São Paulo, na madrugada desta quarta-feira
(31), acusado de ter matado a estudante Rayane Paulino Alves, de 16 anos,
responderá à Justiça por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe,
recurso que dificulta defesa, asfixia e execução para ocultar crime de
estupro./R7
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