Morreu nesta sexta-feira
(20), aos 83 anos, a atriz Zilda Cardoso, famosa por sua atuação como Catifunda
na Escolinha do Professor Raimundo, da Globo, e A Praça é Nossa, do SBT.
De acordo com informações do
77° Distrito Policial, em Santa Cecília, centro de São Paulo, Zilda teve morte
natural. Ela, que não enfrentava problemas de saúde, foi encontrada caída no
apartamento em que vivia pela diarista que a acompanhava há anos e pelo
porteiro do prédio. Os dois acionaram o Corpo de Bombeiros, que constatou o
óbito.
Longe do vídeo desde 2000,
quando participou de um episódio do Você Decide, Zilda vivia sozinha, contando
com o auxílio de uma cuidadora e mantendo uma rotina que incluía, todos os
dias, almoços com amigas e vizinhas em uma churrascaria. Ela também consumia
cerca de três maços de cigarro por dia.
Nascida em 4 de janeiro de
1936, Zilda Cardoso iniciou sua carreira como caloura do Chico Anysio Show, em
1961, na TV Paulista. Três anos depois, chegou à Praça da Alegria apresentada
por Manuel de Nóbrega na Record; concebeu a personagem Catifunda, então
reservada para Eloísa Mafalda, no improviso, tomando o charuto de um
contrarregra.
Ao jornal O Globo de 15 de
dezembro de 1991 revelou: “Comecei a observar que o Renato Aragão era o Didi, o
Golias era sempre o Golias e Charles Chaplin foi sempre o Carlitos. Então,
compreendi que a Catifunda era tão forte que tinha tomado conta de mim.
Passamos a ser uma só e assumi a personagem“.
Como Catifunda, Zilda também
marcou presença em Alegria 81 (SBT, 1981), Praça Brasil (Band, 1987) e Estados
Anysios de Chico City (Globo, 1991). Passou ainda pelo elenco de Os Trapalhões
(1977, Globo). E esteve nas chamadas novelas humorísticas da Record – Quatro
Homens Juntos (1965), Mãos ao Ar (1966) e Meu Adorável Mendigo (1973).
Na Globo, atuou em Meu Bem,
Meu Mal (1990), protagonizando a histórica cena em que Dom Lázaro Venturini
(Lima Duarte) volta a falar após sofrer um AVC, pedindo por melão à enfermeira
Elza, vivida por ela. No mesmo ano, integrou o elenco da série Delegacia de
Mulheres como a escrivã Adelaide; a produção debatia casos de violência contra
a mulher./bahiaextremosul
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