O presidente Jair Bolsonaro
optou por fazer um discurso no Dia da Independência mais voltado ao passado do
que aos problemas atuais enfrentados pelo Brasil. Sem mencionar a pandemia de
covid-19 ou os altos níveis de desemprego, ele exaltou momentos da história
nacional e afirmou ter compromisso com a liberdade e a democracia, embora tenha
exaltado, indiretamente, o período da ditadura militar.
"Ainda no século 19,
durante o período do Império, fomos invadidos e agredidos, derrotando a todos.
Já no século 20, durante a Segunda Guerra Mundial, a Força Expedicionária
Brasileira foi à Europa para ajudar o mundo a derrotar o nazismo e o
fascismo", discursou, em rede nacional de rádio e televisão.
Bolsonaro ainda fez um elogio
indireto à ditadura militar. Sem citar o regime de exceção, mencionou "a
sombra do comunismo" que ameaçava o país nos anos 1960. "Nos anos 60,
quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados
com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às
ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem
social e corrupção generalizada", disse.
No início, o presidente
mencionou a identidade nacional, "desenhada com a miscigenação entre
índios, brancos e negros", e encerrou reafirmando "amor à
Pátria" e compromentendo-se "com a Constituição e com a preservação
da soberania, democracia e liberdade" (assista ao vídeo e leia a íntegra
do discurso abaixo). O tema da soberania, por sinal, também foi abordado pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vídeo também divulgado nesta
segunda-feira, com críticas a Bolsonaro.
Panelaços
Pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro
Durante o pronunciamento,
panelaços foram registrados em várias partes do país. Muitos internautas
postaram os vídeos nas redes sociais, onde a hashtag #PanelaçoCalaBocaBolsonaro
foi promovida por críticos ao presidente./correiobraziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário