A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) confirmou que foram 11 casos no município de Itanhém e um no município de Medeiros Neto.
O estado de alerta em fazendas da região é por causa do morcego hematófago, que mede em torno de oito centímetros e, se tiver infectado, pode ameaçar um rebanho inteiro com apenas uma mordida.
Criador de bovinos e equinos, o pecuarista Irineu Prudêncio contou que essa foi a primeira vez que ele perdeu um animal por causa da raiva e o caso ocorreu por consequência de um descuido com o atraso das vacinas.
“Ocorre que eu sempre vacinei no período normal, e dessa vez faltou vacina aqui em Itanhém. Eu em vez de tomar providência em outros municípios, também não tomei, aguardei chegar a vacina aqui. Nesse período de espera, aconteceu esse fato aí”, disse.
Depois que o animal é mordido pelo morcego infectado, a doença pode passar por um período de incubação de até três meses, mas assim que os primeiros sintomas começam a aparecer, como por exemplo, a fraqueza nas patas traseiras, a evolução da doença é muito rápida e o animal acaba morrendo em uma semana no máximo.
O fiscal agropecuário da ADAB, Joesley Ramalho, que também é veterinário, explicou como a doença se manifesta. “Bovinos têm manifestações furiosas, então raiva a gente associa à fúria. Mas no caso dos herbívoros a sintomatologia apresentada está avaliada à paralisia dos membros. O animal começa com um andar cambaleante e com a progressão da doença, o animal perde a capacidade de manter em estação, ele perde a capacidade de locomoção dos membros, progredindo ao óbito”, disse.
Ele ainda reforça que, quando
um caso suspeito de raiva for identificado, é preciso comunicar ao órgão
fiscalizador, que no caso da Bahia é a ADAB./TH
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