Existem diversas causas para a perda de memória, sendo que a principal é a ansiedade, mas também pode estar associada a diversas condições como a depressão, alterações do sono, uso de remédios, hipotireoidismo, infecções ou doenças neurológicas, como doença de Alzheimer.
A maioria das causas são preveníveis ou reversíveis, com hábitos de vida como meditação, técnicas de relaxamento e treino da memória, mas em caso de dúvidas, é importante consultar-se com um neurologista ou geriatra para investigar as possíveis causas da perda de memória e iniciar o tratamento correto.
As principais causas de perda de memória e as formas de tratá-las são:
1. Estresse e ansiedade
A ansiedade é a principal causa de perda da memória, principalmente em jovens, pois momentos de estresse causam a ativação de muitos neurônios e regiões do cérebro, o que o torna mais confuso e dificulta sua atividade mesmo que para uma tarefa simples, como se lembrar de algo.
Por esse motivo, é comum haver uma perda de memória repentina, ou um lapso, em situações como uma apresentação oral, uma prova ou após uma acontecimento estressante, por exemplo.
Como tratar: o tratamento da ansiedade faz com que a memória volte ao normal, o que pode ser feito com atividades relaxantes, como meditação, yoga, prática de exercícios físicos ou com sessões de psicoterapia. Para casos de ansiedade intensa e frequente, pode ser necessário o uso de remédios, como ansiolíticos, prescritos pelo psiquiatra.
2. Falta de atenção
A simples falta de atenção em alguma atividade ou situação, faz com que se esqueça muito mais rápido de alguma informação, portanto, quando se está ou se é muito distraído, é mais fácil esquecer de detalhes como um endereço, o número de telefone ou onde se guardou as chaves, por exemplo, não sendo necessariamente um problema de saúde.
Como tratar: a memória e a concentração podem ser treinadas, com exercícios e atividades que ativam o cérebro, como a leitura de um livro, fazer um curso novo ou, simplesmente, um jogo de palavras cruzadas, por exemplo. A meditação também é um exercício que estimula e facilita a manutenção do foco.
3. Depressão
A depressão e outras doenças psiquiátricas como síndrome do pânico, ansiedade generalizada ou transtorno bipolar são doenças que podem causar déficit de atenção e afetar o funcionamento dos neurotransmissores cerebrais, sendo uma importante causa para alteração da memória e, até, podem confundir-se com a doença de Alzheimer.
Como tratar: deve ser iniciado o tratamento com antidepressivos ou medicamentos orientados pelo psiquiatra para melhora dos sintomas. A psicoterapia também é importante para auxiliar no tratamento. Entenda como é feito o tratamento para depressão.
4. Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma importante causa de perda da memória, pois, quando não tratado adequadamente, causa lentificação do metabolismo e prejudica o funcionamento cerebral.
Geralmente, a perda de memória pelo hipotireoidismo é acompanhada de outros sintomas como sono excessivo, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, depressão, dificuldades de concentração e cansaço intenso.
Como tratar: o tratamento é orientado pelo clínico geral ou endocrinologista, com a Levotiroxina, e a sua dose é adaptada para o grau da doença de cada pessoa. Entenda como identificar e tratar o hipotireoidismo.
5. Falta de vitamina B12
A deficiência de vitamina B12 acontece em veganos sem acompanhamento nutricional, pessoas com desnutrição, alcoólatras ou pessoas que tenham alterações na capacidade de absorção do estômago, como na cirurgia bariátrica, pois é uma vitamina que adquirimos através da alimentação equilibrada e, preferencialmente, com carne. A falta desta vitamina altera o funcionamento cerebral, e prejudica a memória e o raciocínio.
Como tratar: a reposição desta vitamina é feita com orientações da alimentação equilibrada, suplementos nutricionais, ou em caso de má absorção pelo estômago, com injeções da vitamina.
6. Uso de remédios para ansiedade
Alguns medicamentos podem provocar um efeito de confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos frequentemente, como Diazepam e Clonazepam, por exemplo, ou pode ser efeito colateral de remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para labirintite.
Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar ao médico os remédios usados caso haja suspeita de alteração da memória.
Como tratar: é orientado conversar com o médico para a troca ou suspensão dos possíveis medicamentos associados à perda de memória.
7. Uso de drogas
O álcool em excesso e o uso de drogas ilícitas, como maconha e cocaína, além de interferirem no nível de consciência, têm um efeito tóxico sobre os neurônios, o que pode prejudicar as funções do cérebro e a memória.
Como tratar: é importante abandonar o uso de drogas ilícitas e consumir álcool com moderação. Caso seja uma tarefa difícil, existem tratamentos que auxiliam contra a dependência química, e são orientados no posto de saúde.
8. Dormir menos de 6 horas
A alteração do ciclo do sono pode prejudicar a memória, pois a falta de um descanso diário, que deve ser, em média, de 6 a 8 horas por dia, dificulta a manutenção da atenção e do foco, além de prejudicar o raciocínio.
Como tratar: um melhor sono pode ser adquirido com hábitos regulares como adotar uma rotina para deitar e levantar, evitar consumo de café após as 17h, além de evitar o uso de celular ou ver TV na cama. Casos mais graves podem ser tratados com medicamentos ansiolíticos, orientados pelo psiquiatra ou médico de família.
Confira quais são as principais estratégias para regular o sono e quando é necessário usar remédios.
9. Demência de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que acontece em idosos, que prejudica a memória e, à medida que progride, interfere na capacidade de raciocínio, compreensão e de controlar o comportamento.
Também existem outros tipos de demência que também podem causar alterações da memória, principalmente no idoso, como a demência vascular, demência do Parkinson ou demência por corpúsculo de Lewy, por exemplo, que devem ser diferenciados pelo médico.
Como tratar: após confirmada a doença, o neurologista ou geriatra podem iniciar remédios anticolinesterásicos, como Donepezila, além de indicar atividades como terapia ocupacional e fisioterapia, para que a pessoa consiga manter suas funções o maior tempo possível. Saiba como identificar e confirmar se é doença de Alzheimer.
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