Aparecer

Aparecer

Condenado por improbidade, Lili fica inelegível por 8 anos e não pode tentar reeleição em Jucuruçu.

Siga-nos no instagram

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

ENCHENTE DE JUCURUÇU COMPLETA 4 ANOS: PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS, OBRAS INACABADAS E O MISTÉRIO DAS VERBAS QUE DESAPARECERAM

 



JUCURUÇU — Quatro anos após a devastadora enchente de dezembro de 2021, que destruiu bairros inteiros, derrubou pontes, deixou famílias desnorteadas e marcou para sempre a história do município, a população ainda espera por respostas que nunca chegaram.

Enquanto os sobreviventes seguem lutando para reconstruir suas histórias com recursos próprios, a Prefeitura de Jucuruçu, comandada pelo prefeito Arivaldo de Almeida Costa (Lili), não cumpriu o compromisso de entregar as casas prometidas às famílias desabrigadas. Até hoje, nenhuma unidade habitacional foi oficialmente entregue, apesar de construções concluídas tanto na sede quanto no distrito do Coqueiro.

O único benefício mantido aos afetados segue sendo o aluguel social, insuficiente diante da tragédia vivida. As obras de reconstrução das 56 casas destruídas e das 4 pontes levadas pela força das águas permanecem sem conclusão definitiva.

Diante de tantas perguntas sem respostas, um questionamento ecoa nas ruas, nas casas, nas redes sociais e nos corredores da Câmara Municipal:

— Para onde foi a verba da enchente de Jucuruçu?

Esse debate ganhou força após declarações públicas do Deputado Federal Cláudio Cajado (PP-BA). Em setembro de 2022, Cajado divulgou em suas redes sociais que Jucuruçu recebeu R$ 1.873.680,00 destinados à reconstrução pós-enchente, provenientes de suas emendas parlamentares. Além disso, segundo o próprio deputado, o município teria recebido, no total, cerca de R$ 7,5 milhões em recursos federais emergenciais.

A pergunta que não cala é inevitável:

Onde está esse dinheiro? Por que as casas ainda não foram entregues? Por que pontes essenciais à mobilidade do município seguem em situação precária?

Um exemplo que revolta os moradores é a ponte construída na entrada do distrito do Coqueiro. A obra, que deveria simbolizar reconstrução e dignidade, se tornou sinônimo de vergonha pública devido à sua largura considerada insuficiente para o tráfego seguro.

Enquanto isso, construções de casas seguem ocorrendo com verbas federais, mas — como denunciam moradores — parecem estar sendo guardadas para serem entregues apenas em período eleitoral, o que gera ainda mais desconfiança e tensão social.

Diante desse cenário, cresce a cobrança popular para que os vereadores exerçam seu papel fiscalizador, exijam documentos, convoquem responsáveis, cobrem esclarecimentos e expliquem ao povo o destino das verbas destinadas à reconstrução do município.


O DRAMA QUE NUNCA ACABA: QUATRO ANOS DE SILÊNCIO

A enchente de 2021 destruiu vidas, memórias e estruturas. Famílias que perderam tudo guardam até hoje a esperança de ver a promessa de reconstrução finalmente acontecer.
Mas essa espera tem sido longa, dolorosa e repleta de dúvidas.

O município atravessa um dos piores momentos administrativos de sua história, segundo moradores e lideranças locais. As queixas envolvem lentidão de obras, falta de transparência, promessas não cumpridas e uma gestão marcada por dúvidas que se multiplicam a cada dia.


1. M. de L. 62 anos, sobrevivente da enchente:
"Eu perdi minha casa na beira do rio. Disseram que iam construir outra, mas até hoje nada. O aluguel social ajuda, mas não traz minha dignidade de volta."

2. J. F. agricultor:
"A ponte do Coqueiro ficou uma vergonha. Parece que foi feita com pressa e sem planejamento. Com tanto dinheiro que disseram que veio, era pra ser uma ponte de primeira."

3. C. S. Comerciante:
"Falam em milhões e mais milhões, mas a cidade continua no sofrimento. A gente quer ver documentos, notas, explicações."

4. R. - morador do Centro:
"A prefeitura começou umas casas ali no Coqueiro. Mas parece que só vão entregar quando entrar a campanha. Isso revolta a gente."

5. P.
"Nossa comunidade foi uma das mais atingidas. Até hoje ninguém veio dar uma satisfação completa. É muito descaso."

6. J. Mototaxista:
"Todo mundo fala desse tal dinheiro da enchente, mas ninguém vê resultado. Quatro anos já, isso é um absurdo."

7. A. - professora:
"Os vereadores precisam agir. Eles estão lá para fiscalizar. O povo exige respostas."

8. E. Pedreiro:
"Se tivesse transparência, não tinha tanto falatório. Mas enquanto escondem, o povo desconfia."

9. D. Aposentada:
"Meu filho perdeu tudo na enchente. Só recebe o aluguel social até hoje. E a casa prometida? Nunca chegou."

10. C. J universitário:
"A verdade é que Jucuruçu vive seu pior momento administrativo. A população está cansada."


JUCURUÇU PEDE RESPOSTAS

Passados quatro anos da tragédia, a cobrança por esclarecimentos se intensifica. O povo quer saber:

·         Cadê as 56 casas que seriam reconstruídas?

·         Por que as 4 pontes não foram entregues adequadamente?

·         Onde estão os relatórios detalhados do uso das verbas?

·         Por que as obras avançam tão lentamente?

·         Por que nenhuma casa foi oficialmente entregue?

O que se espera agora é que a Câmara Municipal convoque o prefeito Arivaldo de Almeida Costa, secretário de obras, secretaria de assistência social e demais responsáveis para prestar esclarecimentos públicos, detalhados e transparentes, como exige a Lei de Acesso à Informação e o dever constitucional de gestão responsável.

O município precisa, urgentemente, recuperar a confiança perdida.

E o primeiro passo para isso é simples: mostrar a verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rua principal de Jucuruçu - Bahia, 3 de março de 2024.

Jucuruçu - Bahia. Pedaço bom do Brasil.