Walas e André foram absolvidos
Dois dos quatro acusados de matar Gilmar
Borges São Leão, foram absolvidos em um júri realizado na última
terça-feira, 23 de fevereiro, no Fórum de Itanhém. Dos quatro réus, a justiça absolveu após quase 19 horas de juri, Walas Rigo Pinho e André Pinho Paixão.
Gilmar e Arthur foram condenados e vão responder em liberdade
Eles
teriam dirigido o carro no dia do homicídio dando suporte ao mentor e
executor do crime, Gilmar da Silva Caraíva e Arthur Neves de Barros que
foram condenados por homicídio privilegiado e vão responder em
liberdade.
Entenda o caso
O
crime ocorreu no dia 21 de março de 2014, na Estrada do Corró, zona
rural de Itanhém. A vítima, Gilmar São Leão, trafegava em uma
motocicleta próximo a fazenda de Edite Jardim quando foi alvejada com um
tiro nas costas. Segundo informações, Gilmar ainda tentou fugir, mas,
foi baleado com mais dois disparos.
Gilmar chegou a ser socorrido, mas morreu no dia seguinte
Ele
chegou a ser socorrido por uma unidade do Samu e foi transferido para o
Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, onde acabou morrendo no dia
seguinte.
As prisões de Gilmar, Arthur,
Walas e André, todos moradores de Teixeira de Freitas, aconteceram no
dia 25 de abril de 2014 durante uma operação chefiada pelo delegado
Marcus Vinícius, da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior,
com participações dos delegados Jorge Nascimento, de Itanhém, e dos
titulares, Marco Antônio Neves, Wendel Ferreira e Kleber Gonçalves.
Todo o material usado no crime foi apreendido pela Polícia
Com
eles foi encontrada uma espingarda calibre 12 com um cartucho intacto,
além de um revólver calibre 32 e outro calibre 28, munições e uniformes
da Polícia Militar da Bahia; nove camisas, quatro calças, duas capas de
colete, uma boina e um boné.
As
investigações revelaram que no dia 14 de março, Walas, Gilmar e Arthur,
os dois últimos vestidos com uniforme da Polícia Militar, foram até a
estrada do Corró com objetivo de cometer o crime, mas, a vítima, Gilmar
São Leão, não foi encontrada. Eles chegaram a montar uma falsa blitz e
realizaram diversas abordagens no local.
Os assassinos chegaram a usar fardas da PM em uma falsa blitz
Nesse
mesmo dia, o trio usava um Fiat Pálio Branco alugado em Teixeira de
Freitas, já no dia 21, os acusados usaram outro carro da mesma locadora,
dessa vez, um Fiat Uno Vivace, vermelho. Os dois veículos foram
alugados em nome de Gilmar, que já foi preso por falsificação de
documentos, e usou apenas uma fotocópia da Carteira Nacional de
Habilitação nos contratos de locação.
De
acordo com as investigações desenvolvidas pelo Serviço de Inteligência
(SI), o crime está relacionado ao homicídio de José Antônio Pinho
Paixão, o “Tonho de Rael”, morto no dia 27 de janeiro de 2011, na
Fazenda Itaporanga, zona rural de Itanhém.
Wallas,
filho de “Tonho de Rael”, teria descoberto que Gilmar São Leão foi o
autor do assassinato do seu pai, e, juntamente com seu tio André,
combinou de pagar a quantia de R$ 2.500,00 pela morte do São Leão. O
crime foi executado por Gilmar Caraíba e Arthur Neves. Walas estava
presente no momento do assassinato, mas, não desceu do carro.
A
espingarda calibre 12 foi usada por Arthur e foi encontrada na casa de
José Hélio, autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo no dia
da operação. Hélio pagou fiança e responde o processo em liberdade. O
revólver calibre 32 foi encontrado com Arthur, que indicou onde estava o
revólver calibre 38 usado por Gilmar.
Ainda
na operação, a Polícia Civil conseguiu identificar o cheque no valor de
R$ 500,00 que foi dado por André como parte do pagamento. Ainda
segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, Arthur já teria morado
com um policial militar, e por isso teria as fardas da PM
.
De
acordo com o SI, na época do assassinato do sargento Borges, em março
de 2010, integrantes da Família São Leão afirmam que uma nota vinculada
em jornal impresso teria informado que “Tonho de Rael” ligou para a
polícia antecipando a informação de que alguém estaria tramando a morte
do sargento. “Tonho” chegou a receber a visita de um dos São Leão, que
pediu que ele provasse sua inocência, já que teria negado ter feito a
ligação; meses depois, ele apareceu morto. Ninguém foi preso pelo
homicídio./Sulbahianews
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