O crime ocorreu no dia 19/02/2015, por volta da 0:17hs, quando a vítima estava num churrasco, em companhia de nove amigos, na casa que mantinha para fins de lazer, situada no Bairro Universitário, em Teixeira de Freitas, sendo atingida por um único disparo de arma de fogo.
Ficou evidenciado que o tiro ocorreu de fora para dentro, transfixando o portão de chapa metálica, conforme perícia do DPT realizada no local do crime. As testemunhas presenciais, bem como diversos moradores das imediações, foram categóricos em afirmar terem ouvido um único disparo.
Não foi ouvido barulho de carro ou moto, sendo identificadas testemunhas que viram toda a movimentação das pessoas logo após o disparo, entretanto não perceberam a evasão do atirador.
Chamou atenção dos policiais, o fato de não terem sido encontrados os moradores de uma casa muito próxima ao local do crime (Rua Dom Casmurro, 141), apesar das sucessivas tentativas e indicativos de que o local era habitado. Foi recebida denúncia anônima via 197, dando conta que um morador daquela casa, referido por “Renilto” havia viajado sozinho para São Mateus-ES, na segunda feira 21/12/2015, atitude suspeita, já que havia previsão de mudança para Vitoria-ES na quarta-feira 23/02/2015.
Em diligência realizada na Rodoviária local, Policiais Civis constataram o embarque do passageiro RENILTON PRACHEDE RODRIGUES, 20 anos, além de serem coletadas imagens do circuito interno das câmeras de vigilância. Foi formulado pedido de Prisão Temporária, que obteve deferimento da Justiça Criminal de Teixeira de Freitas.
No dia 22/12/15, Policiais Civis lotados na 8a Coorpin e DTE Teixeira de Freitas, empreenderam diligências até São Mateus-ES, onde foi preso o suspeito, encontrado na casa de um primo na Rua “T”, Bairro Seac.
Apesar de viver com uma companheira e uma filha, Renilton tinha viajado sozinho em vésperas no natal. Os chips do seu celular estavam escondidos debaixo da capa. O suspeito explicou aos policiais que era em razão de não funcionarem naquele Estado, mas a verificação no celular comprovou a mentira, já que havia ligação realizada para a companheira.
Renilton foi Interrogado no dia de sua prisão 22/12/15, em presença de seu advogado, de testemunhas e do representante do Ministério Público, sendo submetido a exame de lesões corporais, cujo laudo comprova ausência de coação física. Em seu interrogatório reafirmou ter realizado o disparo, indicando que vendeu a arma do crime para um desconhecido, mas a Polícia acredita que ele teme represália, e por isso não indicou para quem a repassou.
A Reprodução Simulada dos Fatos (reconstituição) foi realizada no dia 28/12/15, sendo evidenciada a idoneidade dos depoimentos das testemunhas presenciais. Ficou comprovado que ocorria uma espécie de confraternização, com som em altura possível de ser ouvida pelos vizinhos, além do fato da vítima, quando foi atingida, estar em pé, e em movimento. Os trabalhos foram presenciados pelo representante do Ministério Público, além dos advogados dos familiares da vítima, e do suspeito, que na ocasião mudou sua versão, afirmando que não realizou o disparo.
Foi procedida nova perícia no local do crime, com a presença de RENILTON, visando verificar se sua altura era compatível com a trajetória do projétil, cujo laudo confirma essa possibilidade.
Familiares de RENILTON entraram em contradições relevantes, notadamente em relação ao que aconteceu após o crime. Foram colhidos indícios de combinação de depoimentos, além dele já ter ameaçado a sogra, com clara referência a posse de “duas armas”, as quais guardava em casa.
Também ficou confirmada ausência de justificativa plausível para sua viagem repentina à São Mateus-ES, já que estava desempregado e com mudança programara para o dia 23/12/2015./Opovonews
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