“Eu acho que isso já está definido”, a afirmação do ministro da Secretaria de Governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), Geddel Vieira Lima (PMDB), se referindo a votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado. Segundo o ministro, o relatório deverá ser aprovado com mais de 60 votos.
As declarações foram feitas durante entrevista à Folha de São Paulo nesta segunda-feira (8). Geddel afirmou ainda que, caso o afastamento da presidente seja definitivo, não vê motivos para manter um diálogo com Dilma. “Conversar sobre o quê? Eles voltaram ao sectarismo anterior com o discurso do golpe. Essa conversa se dará no Congresso Nacional, na negociação política entre líderes da base aliada de projeto a projeto. Não vejo razão para conversar.
A não ser que tenha uma manifestação de líderes da oposição que gostariam de abrir um canal com o governo no sentido de pautas para o país”. Segundo o ministro, o mesmo vale para o ex-presidente Lula. “Não é que [o governo Temer] não conversará de forma preconceituosa. É que não tem pauta ou agenda para conversar”, completou.
Questionado se o governo pemedebista se sente ameaçado por uma possível candidatura do petista em 2018 e se isso poderia interferir nos planos do partido de eleger um sucessor para Temer, Geddel foi categórico. “Nada neste processo eu vejo como uma ameaça. Isso é uma decisão que no momento oportuno a população tomará de maneira soberana.
Se o país entrar nos trilhos e o governo federal sinalizar à sociedade que está dando um rumo ao país, o natural e o lógico é que o candidato que surgir dessa coalizão tenha favoritismo estampado em sua candidatura”, finalizou./Folha de São Paulo
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