Homem de 52 anos morreu em
Santo Estêvão oito dias após ser vacinado contra a doença. Um homem de 52 anos
faleceu na cidade de Santo Estêvão, a 157 km de Salvador. A assessoria da
Secretaria Municipal de Saúde confirma que o paciente, que residia no município,
faleceu no último dia 22 (segunda-feira). O resultado do exame para detecção do
vírus causador da febre amarela foi positivo.
O homem tomou a vacina contra
a febre amarela no último dia 15, e três dias depois apresentou reações
adversas à vacina. Ele foi então internado no hospital municipal, mas o estado
de saúde se agravou e ele veio a óbito no último dia 22.
Um laudo divulgado hoje pelo
Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Muniz (Lacen) confirmou que
o paciente tinha a doença, segundo a Secretaria. No entanto, uma perícia
realizada no corpo do homem atestou que o ele sofria de doença hepática.
A assessoria informou que
este tipo de efemeridade pode deixar a imunidade baixa, o que permite a ação do
vírus presente na vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a chance de problemas
deste tipo é de 0,4 casos a cada 100.000 doses da vacina administradas. Em
condições de saúde normais, a baixa amostra do vírus contida na vacina não
causa reações adversas.
“A possibilidade de reação à
vacina é muito maior que a chance dele ter sido infectado por um mosquito”,
afirmou a assessoria ao CORREIO. O resultado de outro exame que deve apontar se
a causa da morte foi a doença ou a reação à vacina deve sair em três dias.
Após a internação, a
Secretaria de Saúde tomou medidas cautelares como o bloqueio vacinal e a
pulverização de inseticida, conhecida como fumacê. A pasta ressalta que não há
nenhum outro caso suspeito da doença registrado na cidade.
Macacos
Outros três macacos mortos
foram encontrados hoje em Salvador. De acordo com a assessoria da Guarda
Municipal, foram encontrados três macacos mortos nesta sexta-feira (26).
Dois resgates foram feitos
pela Guarda, um no bairro de Sussuarana e outro no Garcia, e um terceiro, em
Valéria, foi feito pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Todos os animais não tinham
causa de morte aparente e foram encaminhados ao Lacen para análise. A
recomendação é que o cidadão que encontrar um macaco morto entre em contato com
a Guarda através da Central de Operações no telefone (71) 3202-5312.
Zoológico
Na última segunda-feria (22),
seis macacos do zoológico de Salvador foram transferidos para uma área
protegida. Os espécimes, conhecidos popularmente como Bugio, são mais
suscetíveis ao contágio de doenças. Segundo o veterinário e coordenador do
Parque Zoobotânico de Salvador, Vinicius Dantas, a medida é cautelar.
“Nós retiramos os animais
mais sensíveis à exposição ao mosquito. Colocamos eles em outro setor, o
Primatário, que também é visitável, mas é protegido com vidro e com telas, que
funcionam como um mosquiteiro, protegendo os macacos”.
Além disso, a limpeza nos
locais onde os macacos ficam foi reforçada com um tipo de inseticida.
“Incorporamos na rotina a limpeza da parede, num horário onde os animais não estejam,
com agentes inseticidas, porque o mosquito gosta de ficar nas paredes”, conta
Vinicius.
O coordenador do Zoológico
ressalta a importância dos macacos na detecção da doença. “Eles não são
transmissores da febre amarela, mas ficam doentes como nós ficamos. Eles são
sinalizadores - se os macacos não ficassem doentes, a febre amarela chegaria de
forma silenciosa pra gente”, ele explica.
O zoológico de Salvador conta
com 180 primatas e recebe 40.000 visitantes todo mês.
Veja os casos em que o
Ministério da Saúde contraindica a vacinação contra a febre amarela:
Crianças menores de 6 meses
de idade; Pessoas com história de eventos adversos graves em doses anteriores;
Pessoas com história de anafilaxia comprovada em doses anteriores ou
relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados,
gelatina bovina ou a outras); Pacientes com imunossupressão grave de qualquer
natureza.
Pacientes submetidos a
transplante de órgãos; Pacientes com história pregressa de doenças do timo
(miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);
Pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico tendo em vista a
possibilidade de imunossupressão e Gestantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário