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sábado, 27 de janeiro de 2018

Terceira morte relacionada à febre amarela é confirmada na Bahia


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Homem de 52 anos morreu em Santo Estêvão oito dias após ser vacinado contra a doença. Um homem de 52 anos faleceu na cidade de Santo Estêvão, a 157 km de Salvador. A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde confirma que o paciente, que residia no município, faleceu no último dia 22 (segunda-feira). O resultado do exame para detecção do vírus causador da febre amarela foi positivo.

O homem tomou a vacina contra a febre amarela no último dia 15, e três dias depois apresentou reações adversas à vacina. Ele foi então internado no hospital municipal, mas o estado de saúde se agravou e ele veio a óbito no último dia 22.

Um laudo divulgado hoje pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Muniz (Lacen) confirmou que o paciente tinha a doença, segundo a Secretaria. No entanto, uma perícia realizada no corpo do homem atestou que o ele sofria de doença hepática.

A assessoria informou que este tipo de efemeridade pode deixar a imunidade baixa, o que permite a ação do vírus presente na vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a chance de problemas deste tipo é de 0,4 casos a cada 100.000 doses da vacina administradas. Em condições de saúde normais, a baixa amostra do vírus contida na vacina não causa reações adversas.

“A possibilidade de reação à vacina é muito maior que a chance dele ter sido infectado por um mosquito”, afirmou a assessoria ao CORREIO. O resultado de outro exame que deve apontar se a causa da morte foi a doença ou a reação à vacina deve sair em três dias.

Após a internação, a Secretaria de Saúde tomou medidas cautelares como o bloqueio vacinal e a pulverização de inseticida, conhecida como fumacê. A pasta ressalta que não há nenhum outro caso suspeito da doença registrado na cidade.

Macacos

Outros três macacos mortos foram encontrados hoje em Salvador. De acordo com a assessoria da Guarda Municipal, foram encontrados três macacos mortos nesta sexta-feira (26).

Dois resgates foram feitos pela Guarda, um no bairro de Sussuarana e outro no Garcia, e um terceiro, em Valéria, foi feito pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Todos os animais não tinham causa de morte aparente e foram encaminhados ao Lacen para análise. A recomendação é que o cidadão que encontrar um macaco morto entre em contato com a Guarda através da Central de Operações no telefone (71) 3202-5312.

Zoológico

Na última segunda-feria (22), seis macacos do zoológico de Salvador foram transferidos para uma área protegida. Os espécimes, conhecidos popularmente como Bugio, são mais suscetíveis ao contágio de doenças. Segundo o veterinário e coordenador do Parque Zoobotânico de Salvador, Vinicius Dantas, a medida é cautelar.

“Nós retiramos os animais mais sensíveis à exposição ao mosquito. Colocamos eles em outro setor, o Primatário, que também é visitável, mas é protegido com vidro e com telas, que funcionam como um mosquiteiro, protegendo os macacos”. 

Além disso, a limpeza nos locais onde os macacos ficam foi reforçada com um tipo de inseticida. “Incorporamos na rotina a limpeza da parede, num horário onde os animais não estejam, com agentes inseticidas, porque o mosquito gosta de ficar nas paredes”, conta Vinicius.

O coordenador do Zoológico ressalta a importância dos macacos na detecção da doença. “Eles não são transmissores da febre amarela, mas ficam doentes como nós ficamos. Eles são sinalizadores - se os macacos não ficassem doentes, a febre amarela chegaria de forma silenciosa pra gente”, ele explica.

O zoológico de Salvador conta com 180 primatas e recebe 40.000 visitantes todo mês.

Veja os casos em que o Ministério da Saúde contraindica a vacinação contra a febre amarela:

Crianças menores de 6 meses de idade; Pessoas com história de eventos adversos graves em doses anteriores; Pessoas com história de anafilaxia comprovada em doses anteriores ou relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras); Pacientes com imunossupressão grave de qualquer natureza.


Pacientes submetidos a transplante de órgãos; Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica); Pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico tendo em vista a possibilidade de imunossupressão e Gestantes.

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