Morreu em Belo Horizonte na tarde desta
terça-feira (20/11), o médico ginecologista, obstetra e clínico geral Ronaldo
Adelino. Ele se encontrava na capital mineira passando por um tratamento
cancerígeno. O médico Ronaldo Adelino lutava contra um câncer no pâncreas por
um período de aproximadamente 30 dias e estava internado em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, em Belo Horizonte. Ele havia
diagnosticado a doença ao fazer uns exames de rotina numa unidade de saúde em
Teixeira de Freitas e logo depois correu para se tratar, mas conforme os
especialistas, câncer de pâncreas é uma das espécies cancerígenas que mata o
paciente com mais rapidez.
O médico Ronaldo Adelino da Silva, nasceu no
dia 26 de fevereiro de 1948, em Vitória, capital do Espírito Santo. Formou-se
em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo no ano de 1973 e no ano
de 1976, chegou à cidade de Itamaraju para clinicar. Dois anos depois, em 1978,
construiu e fundou o Hospital São Vicente, na Avenida Brasil, região central de
Itamaraju, o qual administrou a unidade até o ano 2005.
Era pós-graduado em Medicina do Trabalho pela
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; pós-graduado em Docência do
Ensino Superior pela Faculdade Integrada de Patos, na Paraíba; pós-graduado em
Perícia Médica Previdenciária pelo Centro de Educação em Saúde de Belo
Horizonte; possuía ainda, outras 9 especializações na área médica.
Ronaldo Adelino era perito previdenciário de
carreira do INSS desde 1990. Já tendo ocupado vários cargos de chefia na área
médica, como chefe da Atenção Clínica do Hospital Geral de Itamaraju; chefe do
Programa de Atualização em Ginecologia e Obstetrícia do município; diretor
clínico do HGI. Como especialista em clínica geral, ginecologia, obstetrícia, pré-natal,
preventivo ginecológico e medicina do trabalho, atuou no plantão dos Hospitais
Santa Rita e Regional, além do Programa Saúde da Família e até antes de
descobrir o seu diagnóstico, ele clinicava na sua unidade médica particular, a
“Clínica São Vicente”.
No início do ano de 2014, ao receber a notícia
que um Projeto de Lei havia sido aprovado na Câmara Municipal lhe concedendo um
título de cidadão honorário pela autoria do então vereador Janilton de Souza
Dias, o “Jânio de Dal”, o médico Ronaldo Adelino informou que já havia feito
mais de quatro mil partos naqueles seus 38 anos de obstetrícia em Itamaraju, o
que representava 4 mil casais de compadres ou 8 mil compadres.
Era bastante participativo nos movimentos
sociais de Itamaraju e era sócio remido do ARVO – Clube Recreativo Vale do Ouro
de Itamaraju, desde 1978. O médico Ronaldo Adelino também gostava da política,
tanto que exerceu o mandato de vereador no período 1989/1992. Os seus projetos
mais importantes durante os 4 anos em que ocupou uma cadeira no Poder
Legislativo Municipal, estão: as obras de pavimentação das ruas e avenidas do
bairro Cristo Redentor, a construção da Escola Municipal do bairro Canaã, a
construção do matadouro Municipal do bairro da Liberdade e a construção da
ponte que liga o bairro Baixa Fria com o bairro Várzea Alegre (executadas com
recursos do Governo do Estado).
No ano de 1992, Ronaldo Adelino foi candidato a
vice-prefeito na chapa com o advogado Almir Nobre de Almeida que buscava o seu
terceiro mandato como prefeito, mas não foram vitoriosos. Em 1994, Ronaldo
Adelino foi candidato a deputado estadual e também perdeu a disputa. Em 1996,
foi novamente candidato a vice-prefeito na chapa com o frei capuchinho Dilson
Batista Santiago, desta vez foram vitoriosos para o mandato 1997/2000, ocasião
que Ronaldo Adelino chegou a administrar o município de Itamaraju, ao assumi à
Prefeitura Municipal por 22 dias, em razão de uma viagem do titular ao país da
Itália.
Ronaldo Adelino da Silva morreu aos 70 anos de
idade, era evangélico e congregava na Igreja Maranata. Ele deixou três filhos:
Raphaela Borges da Silva, Thyago Borges da Silva e Franscielle da Cruz Silva. O
corpo do médico Ronaldo Adelino está sendo transladado para Itamaraju, onde
será velado nesta quarta-feira (21) na Igreja Maranata Central, na cidade alta,
para depois ser sepultado. (Por Athylla Borborema).
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