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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Teixeira de Freitas está entre as cidades da Bahia que mais perderá médicos



No ranking de cidades que vão perder o maior número de cubanos, mas ainda manterão médicos na assistência básica, Teixeira de Freitas, aparece no topo. A cidade perderá 18 profissionais cubanos.

Os médicos cubanos chegaram a cidade de Teixeira de Freitas em novembro de 2013 durante a gestão do ex-prefeito João Bosco e do atual secretario de saúde na época Eujácio Dantas, desde então vem conquistando os corações das famílias pelo excelente trabalho prestado e um profissionalismo que chega a surpreender  quem recebe seus atendimentos.Dez cidades baianas, todas com menos de 40 mil habitantes, ficarão sem nenhum médico para atendimento na assistência básica com a saída dos profissionais cubanos do programa mais médicos, anunciada nesta semana pelo governo do país. O executivo estadual estima que a decisão vai afetar a vida de cerca de 3 milhões de pessoas, que ficarão sem assistência.

A Bahia, que abriga 10% do total de médicos cubanos hoje no país, é o segundo estado que mais vai perder profissionais do mais médico, fica atrás apenas de São Paulo, que tem 16% de todos os médicos de Cuba hoje no país.

Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há médicos também de países como México, Espanha e Angola.

Os cubanos atendem, diariamente, 20,4 mil pessoas no estado — 326 mil mensalmente e 3 milhões anualmente. A estimativa do governo é que esses profissionais comecem a deixar o estado já a partir do dia 25 de novembro.

Os municípios baianos onde só médicos cubanos trabalham na assistência básica e que perderão 100% dos profissionais são:

  • Apuarema (3 médicos)
  • Central (6)
  • Correntina (8)
  • Itagibá (3)
  • Lafaiete Coutinho (2)
  • Lajedão (2)
  • Nova Itarana (3)
  • Nova Soure (5)
  • Palmeiras (4)
  • Pedro Alexandre (6)
  • Do total de municípios que contam atualmente com o programa Mais Médicos na Bahia, em 99, o número de médicos cubanos representa mais de 50% do total de profissionais da atenção básica.


Ainda conforme dados do governo local, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo o estado. A Sesab aponta que a retirada antecipada dos médicos representa "grave ameaça para municípios baianos". Diz que, ao longo de cinco anos de existência do programa, mais de 5,6 milhões de pessoas foram beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês, com uma cobertura de 72% da atenção básica.  "Com a atuação deles, desde o início, há cinco anos, a gente percebeu uma redução do número de internações nos nossos indicadores. Hoje, com a saída deles, vai ocorrer a ampliação da demanda em pronto atendimentos e de internações hospitalares, caso não se tenha a substituição desses médicos a curto e médio prazo. A longo prazo, é catastrófico", destaca o diretor de atenção básica da Sesab, Cristiano Soster./Zero Hora News

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