No ranking de cidades que vão
perder o maior número de cubanos, mas ainda manterão médicos na assistência
básica, Teixeira de Freitas, aparece no topo. A cidade perderá 18 profissionais
cubanos.
Os médicos cubanos chegaram a
cidade de Teixeira de Freitas em novembro de 2013 durante a gestão do
ex-prefeito João Bosco e do atual secretario de saúde na época Eujácio Dantas,
desde então vem conquistando os corações das famílias pelo excelente trabalho
prestado e um profissionalismo que chega a surpreender quem recebe seus atendimentos.Dez cidades
baianas, todas com menos de 40 mil habitantes, ficarão sem nenhum médico para
atendimento na assistência básica com a saída dos profissionais cubanos do
programa mais médicos, anunciada nesta semana pelo governo do país. O executivo
estadual estima que a decisão vai afetar a vida de cerca de 3 milhões de
pessoas, que ficarão sem assistência.
A Bahia, que abriga 10% do
total de médicos cubanos hoje no país, é o segundo estado que mais vai perder
profissionais do mais médico, fica atrás apenas de São Paulo, que tem 16% de
todos os médicos de Cuba hoje no país.
Atualmente, segundo a
Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa
Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de
profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há
médicos também de países como México, Espanha e Angola.
Os cubanos atendem,
diariamente, 20,4 mil pessoas no estado — 326 mil mensalmente e 3 milhões anualmente.
A estimativa do governo é que esses profissionais comecem a deixar o estado já
a partir do dia 25 de novembro.
Os municípios baianos onde só
médicos cubanos trabalham na assistência básica e que perderão 100% dos
profissionais são:
- Apuarema (3 médicos)
- Central (6)
- Correntina (8)
- Itagibá (3)
- Lafaiete Coutinho (2)
- Lajedão (2)
- Nova Itarana (3)
- Nova Soure (5)
- Palmeiras (4)
- Pedro Alexandre (6)
- Do total de municípios que contam atualmente com o programa Mais Médicos na Bahia, em 99, o número de médicos cubanos representa mais de 50% do total de profissionais da atenção básica.
Ainda conforme dados do
governo local, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo
o estado. A Sesab aponta que a retirada antecipada dos médicos representa
"grave ameaça para municípios baianos". Diz que, ao longo de cinco
anos de existência do programa, mais de 5,6 milhões de pessoas foram beneficiadas,
cerca de 800 mil consultas realizadas por mês, com uma cobertura de 72% da
atenção básica. "Com a atuação
deles, desde o início, há cinco anos, a gente percebeu uma redução do número de
internações nos nossos indicadores. Hoje, com a saída deles, vai ocorrer a
ampliação da demanda em pronto atendimentos e de internações hospitalares, caso
não se tenha a substituição desses médicos a curto e médio prazo. A longo
prazo, é catastrófico", destaca o diretor de atenção básica da Sesab,
Cristiano Soster./Zero Hora News
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