O presidente eleito, Jair
Bolsonaro, disse neste sábado (24) que vai submeter os programas sociais do
governo federal a auditorias para verificar se há pessoas recebendo benefícios
sem necessidade. Ao participar de evento da Brigada de Infantaria Paraquedista,
na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele afirmou que não vai acabar com nenhum
programa, mas criticou a dependência de beneficiários que têm condições de
trabalhar.
"Projeto social tem que
ser para tirar a pessoa da pobreza e não para mantê-la num regime de quase
dependência. Nós não queremos nenhum brasileiro dependendo do Estado.
Logicamente, ninguém será irresponsável a ponto de acabar com qualquer programa
social, mas todos serão submetidos a auditorias para que aqueles que podem
trabalhar entrem no mercado de trabalho e não fiquem dependendo do Estado a
vida toda", disse, ao ser questionado sobre a manutenção ou criação de
programas como o Bolsa Família.
Valores familiares -
Bolsonaro participou nesta manhã do 73º aniversário da Brigada de Infantaria
Paraquedista, onde marchou com colegas do batalhão. Durante entrevista a
jornalistas, ele disse que a indicação do filósofo Ricardo Vélez Rodríguez para
o Ministério da Educação (MEC) atendeu a princípios dos valores familiares. O presidente
eleito defendeu a valorização e o respeito à criança como fundamentais para a
comunidade evangélica e o Brasil como um todo.
"A bancada evangélica é
muito importante não [apenas] para mim, mas para o Brasil. Reconheço o valor
deles. E essa pessoa indicada, pelo que eu sei, não é evangélica, mas atende
aquilo que a bancada evangélica defende. Realmente [o objetivo é] formarmos no
final da linha [do ensino] alguém que seja útil para o Brasil, e não para o seu
partido”, afirmou.
Jair Bolsonaro comparece
todos os anos à festa de confraternização da Brigada de Infantaria
Paraquedista. Ele formou-se no curso de paraquedista militar no ano de 1977, e
serviu no 8º Grupamento de Artilharia de Campanha Paraquedista no período de
1983 a 1986.
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