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quarta-feira, 16 de março de 2016

Despejo de esgoto sem tratamento em Rio do Ouro: problema ambiental, social e de saúde pública


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Denúncia anônima na tarde da última terça-feira (15), informando que detritos sem qualquer tipo de tratamento adequado estavam sendo despejados em um córrego no bairro Marotinho – e que todo o material estaria sendo desaguado no Rio do Ouro, principal fonte de abastecimento de água potável do município.

Após a constatação da informação, o site Radar830 notou também que a fedentina tomava conta da região, muito habitada por diversos moradores da cidade. “O esgoto não chega à estação de tratamento. A gente paga, mas ele é jogado no rio”. O desabafo é de um morador que não quis se identificar.

A contaminação do rio pelo esgoto afeta diretamente a biodiversidade. A água fica eutrofizada (rica em nutrientes) e favorece a proliferação de organismos que consomem muito oxigênio. Com o aumento do número de seres vivos no rio, a quantidade de oxigênio se torna insuficiente para mantê-los. Em consequência, sobrevivem somente os mais resistentes que, em geral, são organismos causadores de doenças.

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A falta de esgoto tratado facilita a transmissão de doenças, que provocam cerca de 30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas acontece entre crianças, principalmente as mais carentes. “O acesso à água limpa e ao esgoto tratado reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil. A situação é muito grave”. “O contato com a água contaminada pode causar diarreia infecciosa, cólera, leptospirose, hepatite A e esquistossomose, conhecida como doença do caramujo.” informa a médica Ana Lígia Barros, em uma coluna postada em seu blog.

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Crianças brincam às margens do riacho poluído, cercadas de mau cheiro e pela falta de saneamento básico. É assim que vivem os moradores do bairro Marotinho. “Aqui é ruim para gente viver. Vive mesmo porque não tem para onde ir, é triste”. desabafou a dona de casa Maria D’aparecida, de 41 anos./Radar830

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