Organizado pelo Movimento "Água Preta quer Água Limpa”, a população de Itanhém realizou um novo protesto contra os maus serviços da Embasa, desta vez, em frente ao Fórum local.
Ás 11:00 horas da manhã desta terça feira(15/03), munidos de baldes, garrafas PET com água suja, apitos e cartazes, centenas de manifestantes tomaram a frente do Fórum gritando palavras de ordem como "queremos água!”; "ô, Juiz, conceda a liminar!” e "toma vergonha, Embasa!, com o intuito de conseguir a aceleração no processo contra a Embasa e uma liminar concedendo o cancelamento das contas, até que se resolva o caso do abastecimento no município que, até aqui, tem sido feito de maneira irregular e desrespeitoso.
A mais de uma semana sem água, postos de saúde, escolas e o hospital foram forçados a pararem seus serviços, o que deixou a população ainda mais indignada. Na tentativa de amenizar a situação, a Embasa estava fazendo o abastecimento de algumas instituições de ensino e saúde com caminhão pipa e instalou caixas d'água em pontos mais distantes da estação de tratamento, porém, alguns moradores alegaram que os carros-pipa não estão chegando até o seu bairro, desta forma, muitos foram forçados a carregarem baldes e garrafas d’água.
Durante a manifestação foram convidados alguns representantes do movimento "Água Preta quer água limpa" e demais entidades representativas, onde o Juiz de Direito, Dr. Francisco Moleda de Godoi e o Promotor de Justiça, Dr. Fabio Fernandes Corrêa, dialogaram sobre o problema da falta d'água de Itanhém.
De acordo com o Enfermeiro Andre Correia, que um dos representantes do Movimento, ficou definido então que seriam recolhidas assinaturas de responsáveis pelas entidades representativas, como o Hospital Maria Moreira Lisboa, Postos de saúde, Rotary, Maçonaria, associações de bairro e Igrejas, para que o Ministério Público realize a petição e a mesma seja encaminhada ao Poder Judiciário. Após o deferimento da liminar, a Embasa será autuada podendo resultar na suspensão do pagamento das contas e medidas emergenciais de abastecimento de água e, caso não seja cumprido, resultará em multa diária estipulada pelo ministério público.
Os itanheenses também reclamam da Embasa a construção de um novo sistema de captação no rio Água Fria, pois o rio Água Preta não tem mais condições de fornecer água para o abastecimento da cidade; acredita-se que a resolução definitiva do problema seria essa.
Logo após o protesto na frente do Fórum, os cidadãos saíram em caminhada pelas ruas da cidade, debaixo de chuva, passando na frente da sede da Embasa, onde colaram cartazes e gritaram frases de efeito e, seguindo, finalizaram a caminhada na Praça da Rodoviária.
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