Os professores da rede municipal de ensino de Medeiros Neto decidiram, nesta quinta-feira (16), encerrarem a paralisação da categoria, que teve inicio no último dia 15; A decisão foi tomada em assembléia.
De acordo com a professora Eliene Miranda Silva Queiroz, presidente da APLB - Sindicato dos trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a paralisação aconteceu a nível nacional, com iniciativa da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
Os servidores da rede municipal de educação aderiram à paralisação com uma pauta bem específica: A falta de pagamento do reajuste do Governo Federal, previsto para 1º de janeiro 2016; reajuste equivalente a 11.36%; A reformulação do plano de cargo e salários, uma vez que todos os municípios têm até junho para reformular de todos os servidores da educação. E, por ser ano eleitoral, o reajuste não pode ser concedido a partir de 2 de abril; Outra reivindicação foi o fato do ano letivo ter começado e, nas duas primeiras semanas, ainda tinham algumas comunidades rurais sem transporte escolar. Para a diretoria da APLB isso é inaceitável, o aluno que mora no setor rural não pode ficar sem o transporte escolar.
Ainda de acordo com a presidente da APLB, para que a paralisação de 99,9% das escolas acontecesse, os servidores realizaram algo inédito no município: fizeram "piquete” na porta das escolas e concretizaram os alunos e pais de alunos dos motivos das reivindicações e o porquê da paralisação desses três dias.
No primeiro dia de paralisação, os diretores da APLB foram recebidos pelo Secretario de administração, Gildásio Moreira, porém, não houve avanços nas negociações. A proposta apresentada pela prefeitura de aumento salarial era na ordem de 6% de reajuste. O percentual requerido pela categoria era de 17.57%, incluindo a perda salarial do ano de 2015.
Diante de uma eminente greve por tempo indeterminado, a prefeitura aceitou uma contraproposta do sindicato de 15% de reajuste para todos os servidores da educação. A proposta da APLB também abrangeu outros pontos da pauta de reivindicações, como o plano de carreira que, na próxima terça-feira (22), será protocolada uma proposta da categoria que ainda será analisada e discutida.
Sobre o problema do transporte escolar no setor rural houve garantias, por parte do prefeito, que já foi resolvido. Algumas salas de aulas que estavam superlotadas, como por exemplo, o Colégio João XXIII, foi feito um remanejamento de alunos para resolver.
Diante das conquistas de todas as reivindicações, a categoria, por unanimidade, decidiu retomar as atividades nas escolas, a partir desta sexta-feira (18). De acordo com a Presidente da APLB, pode se considerar que foi uma das maiores conquistas da categoria, nos últimos tempos, no município de Medeiros Neto:
"Após um breve levantamento das três últimas gestões de prefeitos anteriores, a perda salarial da classe passa dos 70%. Mas, podemos dizer que, nesta gestão, a nossa perda foi uma das menores, considerando que: na gestão do atual prefeito no ano de 2013, o Governo Federal deu um reajuste de 9%, nós conseguimos 7%, perdemos 2%. No ano de 2014 o Governo Federal deu um reajuste de 8,32%, o prefeito repassou 7%, perdemos 1.32%. No ano de 2015 o reajuste foi de 13.01% e nós só havíamos conseguido 6.8%.
Já nesse ano de 2016, o Governo Federal deu um reajuste de 11.36%; o executivo nos repassou os mesmos 11.36% e acrescento 3.64% da perda salarial que nós tivemos no ano passado. Diante desses dados concretos, eu reafirmo, nos últimos 12 anos, foi uma das gestões que a educação teve menos perda salarial”, frisou Eliene Miranda Silva Queiroz, presidente da APLB.
Com o fim da paralisação, aulas retornam nesta sexta feira, dia 18 de março./medeirosdiadia
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