Em meio à polêmica envolvendo
a solicitação do governo do Estado, mais especificamente do secretário da Casa
Civil Bruno Dauster, de retirar 100 linhas de ônibus da cidade que tinha
trajeto similar ao do metrô, o prefeito ACM Neto (DEM) pediu encontro com o governador
Rui Costa (PT) para tratar sobre o transporte público da capital baiana.
O
gestor soteropolitano confirmou o pedido durante entrevista concedida no
programa Balanço Geral na Record TV Itapoan nesta terça-feira (27).
Outra pauta seria a definição
do valor da tarifa a partir de janeiro, levando em conta que os dois sistemas
precisam cobrar o mesmo valor. Essa será a primeira agenda institucional entre
os gestores depois das eleições, ocasião em que travaram forte embate como
adversários.
O impasse em torno da
extinção das linhas rendeu ameaça por parte dos rodoviários de Salvador de
paralisação das atividades nesta sexta-feira (30), conforme informado pelo
diretor de Comunicação do sindicato, Daniel Mota. Segundo a entidade, mais de
mil trabalhadores podem perder os postos de trabalho por causa da eventual
retirada dos ônibus que fazem o mesmo trajeto do modal.
Contudo, o prefeito já
antecipa que não vai atender à solicitação do governo do Estado. "Isso
geraria o caos na cidade. A população não pode ficar sem esses ônibus. Tenho o
dever de zelar pela transporte público e mobilidade", declarou.
"Retirar 100 linhas
criaria uma situação administrável para as pessoas, que ficariam sem o serviço
para ir e voltar do trabalho, por exemplo. O governo do Estado quer penalizar
os mais pobres. Enquanto for prefeito, mas nenhuma linha será suprimida",
acrescentou o gestor soteropolitano em nota enviada à imprensa.
Neto assegurou ainda, que a
Prefeitura vem cumprindo o acordo com o governo sobre o metrô, realizando a
reorganização das linhas, mesmo sabendo que haveria uma reação negativa por
parte dos usuários que tiveram a rotina alterando.
"Garantimos a integração
em 100%. Fizemos o reordenamento das linhas. Mas não vou suprimir nenhuma outra
linha. Essas que o governo quer tirar são essenciais e asseguramos que iremos
manter", reafirmou.
Após toda a repercussão, o
governo disse que houve mal entendido e que não haverá retirada de
linhas./bocaonews
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