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Itanhém: O ex-presidente da
Câmara Municipal de Vereadores de Itanhém, Roberth Caires Ribeiro, 50 anos de
idade, foi assassinado a tiros, próximo à residência do seu pai, nas imediações
de um sindicato, na Rua Emiliano Fernandes. O crime aconteceu na noite desta
sexta-feira, 30 de novembro, por volta das 20h00. Uma guarnição da Polícia
Militar chegou rapidamente ao local e confirmou o fato, preservando a área até
a chegada da Polícia Civil.
Segundo informações
preliminares, o ex-vereador estava chegando em casa, na noite desta
sexta-feira, 30 de novembro, quando foi surpreendido por um veículo Gol, de cor
e placa não anotada, cujo motorista se aproximou e tiros foram ouvidos.
Populares informaram ter visto dois homens gordos e baixos, que fugiram em
direção ao distrito de Batinga. Diligências estão sendo realizadas, mas, até o
fechamento desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Segundo a polícia, o
ex-vereador foi atingido por pelo menos três tiros. O SAMU foi chamado, mas,
nada pôde ser feito. Após o levantamento o corpo será encaminhado ao IML de
Teixeira de Freitas, onde passará por necropsia. Um inquérito policial será
instaurado pelo delegado William Telles. Robinho Caires, como era mais
conhecido, foi vereador por dois mandatos na cidade de Itanhém, e em um deles
foi presidente da Câmara Legislativa.
Conheça um pouco da
trajetória recente do ex-presidente da Câmara de Itanhém
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O ex-vereador foi preso em
2016, por força de um mandado de prisão preventiva decretado pelo juiz titular
da comarca do município, Francisco Moleda de Godoi. O pedido da prisão se deu
depois da Polícia Civil descobrir evidências de que o ex-presidente da Câmara,
Roberth Caíres estava ameaçando de morte um rapaz que teria sofrido um atentado
recentemente no interior do município. Na época, os tiros direcionados ao
jovem, acertaram a sua tia, que após uma intervenção cirúrgica conseguiu
sobreviver.
O ex-vereador é acusado de
ter sido o mandante do crime e agora é acusado também de continuar ameaçando a
vítima em ir consumar a sua execução. Na ocasião, a Polícia Civil teria
conseguido subsídios suficientes das ameaças e ainda teria conseguido provar
que ele teria sido o mandante do homicídio tentado. Quando o delegado acabou
pedindo a prisão do ex-vereador e a justiça acabou decretando a sua prisão
preventiva.
Embora já tenha se envolvido
em várias polêmicas e ter ido preso algumas vezes, ele mantinha um bom
relacionamento na cidade, especialmente entre os seus eleitores e amigos.
Anteriormente, em 2012, policiais militares prenderam Roberth Caires Ribeiro,
cumprindo um mandado de prisão em seu desfavor, expedido pela então juíza
substituta da Comarca de Itanhém, Andréa Gomes Fernandes Beraldi. Dois dias
antes desta prisão, o então juiz titular de Itanhém Ricardo Costa e Silva
declarou em público que ele e um oficial de justiça da comarca estavam sendo
ameaçados de morte e acusou indiretamente a pessoa de Robinho Caíres.
Na época o magistrado
indeferiu o registro de candidatura do então vereador, nas eleições municipais
de 2012, baseado na Lei da Ficha Limpa, o qual “Robinho Caíres”, foi condenado
pelo mesmo magistrado, pelo crime de uso de falso documento público. Robinho recorreu
da decisão, junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia e conseguiu uma
liminar, expedida pelo juiz especial Cássio Miranda (ouvidor do TRE), datada de
20 de julho de 2012, cujo documento lhe permitiu o uso de propagandas
eleitorais, enquanto não houvesse decisão definitiva quanto ao deferimento de
sua candidatura.
Entretanto o Tribunal
Regional Eleitoral cassou a liminar e Robinho teria que retirar das ruas todas
as propagandas eleitorais relacionadas à sua candidatura, fato não obedecido
pelo mesmo, o que levou o juiz Ricardo Costa e Silva a se declarar vítima de
desobediência e ameaça de morte, tendo a sua colega magistrada, optado pela
prisão preventiva do vereador. Na época da prisão, Robinho Caíres era
presidente da Câmara Municipal de Itanhém e o seu vice assumiu o cargo.
Outra Condenação
Quatro dias depois da sua
prisão, no dia 25 de setembro de 2012, a então juíza substituta da comarca de
Itanhém, Andréa Gomes Fernandes Beraldi, proferiu uma outra sentença
condenatória em desfavor de Robinho Caíres. Desta vez foi uma condenação sobre
um outro processo, cujo delito imputado a ele foi descrito no Artigo 339 do
Código Penal Brasileiro por Dolo na Denunciação Caluniosa em que o réu acusou o
delegado Jorge Nascimento de recebimento de propina e foi condenado porque não
havia conseguido anteriormente em instrução criminal provar a acusação em
juízo.
Soltura
Nove dias depois da sua
prisão, Robinho Caíres é solto da carceragem da Polícia Civil de Teixeira de
Freitas, para onde havia sido trazido, graças a um hábeas corpus concedido pelo
desembargador Jefferson Alves de Assis, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal
de Justiça do Estado da Bahia. E ao retornar para casa em Itanhém, ele foi
recebido com festa no trevo da cidade por uma multidão que lhe carregou nos
braços até o centro da cidade e lhe exibindo faixas de apoio e com dizeres
insultando o então juiz da cidade por processá-lo e persegui-lo.
Robinho tinha diversas
passagens pela polícia. Ele era acusado de ter envolvimento com o tráfico de
drogas. O ex vereador também cumpriu pena por ter, segundo a polícia, mandado
matar um morador da zona rural, por isso, ele foi preso a pedido do juiz
titular da comarca do município, Francisco Moleda de Godoi, a pedido do então
delegado na época, Jorge Nascimento.
Robinho também era acusado de
uma tentativa de homicídio contra uma senhora de 54 anos. No dia do crime,
homens armados invadiram uma casa e atiraram 9 vezes contra a vítima que se
encontrava a beira de um fogão esquentando uma comida. 7 tiros acertaram a parte
superior do corpo da senhora. A vítima foi uma tia do rapaz que os atiradores
tinham tentado matar, os criminosos acharam que a mulher era a mãe dele.
O ex-vereador teria
encomendado o crime porque havia julgado que o rapaz teria sido a pessoa responsável
por mandar a sua irmã, que tinha um caso amoroso com Robinho, a ir embora para
fora do Brasil. A família da moça não aceitava o namoro dela com o
ex-parlamentar e a moça que era funcionária do Posto de Combustível do
ex-vereador também estaria querendo se livrar do relacionamento e não conseguia
e, então optou por sair do País.
Robinho estava sendo
investigado de ter sido o mandante de uma tentativa de homicídio ocorrido por
volta das 20h30, do dia 07 deste mês durante uma partida de futebol, quando um
jovem que não tinha nada com a confusão foi alvejado.
Na noite desta sexta-feira
(30) Caires foi atacado a tiros, que atingiram-lhe na região do peito e veio a
óbito em frente à casa de sua família. Pelas imagens que estão circulando nas
redes sociais é possível visualizar que o empresário estava de calça, sapatos e
sem camisa no momento em que foi morto. Autoria e motivação do assassinato são
desconhecidas.
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O corpo ainda está no local
aguardando a chegada dos peritos do departamento de Polícia Técnica (DPT). O
corpo será removido para o IML de Teixeira de Freitas.
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