A queda do avião com time de
futebol da Chapecoense na Colômbia, matando 71 pessoas, entre jogadores,
comisão técnica, jornalistas e convidados, completa dois anos nesta
quinta-feira (29). Em Chapecó, no Oeste catarinense, uma programação especial
será realizada em memória das vítimas. Seis pessoas sobreviveram ao acidente.
Na quinta, à 00h15, horário
no Brasil em que aconteceu o acidente na Colômbia, um feixe de luz vai ser
aceso no meio do gramado do estádio da Chapecoense com os nomes das 71 vítimas
e vai permanecer assim até o nascer do sol. A expectativa é que durante a
madrugada o feixe seja visto de vários pontos da cidade.
A Arena Condá ficará aberta
das 9h às 21h da noite para visitação nas arquibancadas e nas áreas internas. A
partir das 21h, um culto religioso vai ser realizado no átrio, área externa do
estádio, destinada à memória das pessoas que morreram.
Além da celebração, o túnel
“Pra Sempre Chape”, caminho de acesso dos jogadores visitantes quando chegam na
Arena Condá, ficará aberto entre 9h e 21h. No local, há fotografias em
homenagem aos funcionários, dirigentes e atletas da Chapecoense que perderam a
vida.
Paralelamente à programação
oficial, torcedores organizam uma caminhada também nesta quinta-feira. O ponto
de encontro é a Catedral Santo Antônio, às 18h. Por volta das 19h30, eles
iniciarão a procissão até a Arena Condá.
Na sexta-feira (30), dia da
abertura oficial do Natal em Chapecó, um momento de reflexão vai ser destinado
às famílias e amigos das vítimas.
O acidente
A aeronave da empresa Lamia
que levava a equipe da Chapecoense para a primeira partida da final da Copa
Sul-Americana saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a
Medellin, na Colômbia, mas caiu pouco antes de pousar no aeroporto José María
Córdova.
A investigação das
autoridades concluiu que a queda foi motivada por falta de combustível.
Funcionários aeroportuários e de aviação civil e da Lamia foram apontados como
culpados por graves falhas técnicas.
Indenizações
Em setembro, membros da
Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C),
embarcaram para Colômbia e Bolívia. O objetivo da viagem era buscar mais
informações e entrar com o pedido de indenização pela morte dos 71 passageiros.
Com apoio da Chape, a AFAV-C
precisava correr contra o tempo para não perder o prazo, que expira no fim de
novembro. A meta era entrar com uma ação coletiva em outubro, mas isso não
ocorreu.
Até setembro, nenhum familiar
havia recebido nada pelas mortes. Nem da seguradora, LaMia ou demais órgãos de
aviação.
Segundo Mara Paiva,
vice-presidente da AFAV-C e viúva do comentarista Mário Sérgio, a seguradora
ofereceu 225 mil dólares para cada família, valor que não foi aceito. Ainda de
acordo com ela, o processo todo deve levar pelo menos cinco anos na Justiça.
Em outubro, o time e a AFAV-C
lançaram a Fundação Vidas, criada para amparar familiares das vítimas do
acidente. O órgão é um meio de auxílio aos familiares até a conclusão dos
processos jurídicos, que ainda são estudados pelas partes.
O G1 entrou em contato com o
Ministério Público Federal (MPF-SC) para saber mais informações sobre o caso,
mas ainda aguarda resposta./G1 SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário