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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Em diário, atirador de Campinas cita perseguição e massacre de Realengo




A Polícia Civil tenta identificar as motivações que levaram o atirador Euler Grandolpho a matar 4 pessoas na catedral de Campinas (100 km de São Paulo) nesta terça (11). Entre os objetos apreendidos no quarto do Grandolpho pela polícia nesta terça (12) estão anotações em forma de diário, tablet, dois gravadores, dois computadores e outros objetos pessoais.

Em um trecho do diário o atirador faz possível referência a um massacre no Ceará e outro em Realengo.

"Passei com o meu cão em frente uma construção ao lado de uma casa q os moradores tem uma veterinária e uma delas gritou com 'as paredes': 'e aí Ceará', sobre o massacre ocorrido dias atrás. Ok. Hj, 31/01/18 passei por lá e falei alto com o celular desligado na orelha E AÍ REALENGO", escreveu.

A referência provável é à chacina ocorrida no dia 27 de janeiro deste ano em uma casa de shows de Fortaleza onde 14 pessoas foram assassinadas. O crime teria sido fruto da disputa por territórios de tráfico de drogas entre o PCC (Primeiro Comando da Capital), o CV (Comando Vermelho) e o GDE (Guardiões do Estado).

Já "Realengo" é uma possível referência ao que ficou conhecido como massacre de Realengo, quando 12 crianças foram mortas e outras 11 ficaram feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona oeste do Rio, em 2011. O atirador era o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, que invadiu duas salas do 8º ano atirando com dois revólveres.

Em outro trecho ele escreve: "170 km/h foi condenado a 9,5 anos, qual será a pena p/ os viados q estão "ouvindo minha casa", me perseguindo etc, etc, etc... há + de 10 anos? Uma viagem pelo mediterrâneo com direito a acompanhante com tudo pago ?????"
O material está lacrado e alguns equipamentos eletrônicos têm senha. O conteúdo está sendo analisado pela polícia no setor de Homicídios de Campinas.

A terceira de quatro pessoas feridas pelo atirador recebeu alta do hospital municipal Mário Gatti por volta das 12h30 desta quarta-feira (12). Jandira Prado Monteiro, 65, deixou o local depois de apresentar quadro estável e ter permanecido em observação, afirma o boletim médico.

Único ainda internado, Heleno Severo Alves, 84, continua em estado grave. Outras duas vítimas que haviam sido levadas para hospitais após terem sido baleadas também já receberam alta. Foram elas: Maria de Fátima Frazão Ferreira, 68, atingida com um tiro na perna, e o engenheiro Ludar Brognoni, 64, que foi baleado nos dois braços.

O atirador,  Euler Fernando Grandolpho, 49, também deixou outras quatro pessoas mortas e se matou, segundo a Polícia Militar. Segundo a Polícia Civil, as vítimas fatais são: Sidnei Vitor Monteiro, 39; José Eudes Gonzaga, 68; Cristofer Gonçalves dos Santos, 38; e Elpidio Alves Coutinho, 67.

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