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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Lula vira réu em novo processo da Lava Jato de São Paulo; PT classifica ação como descabida



[Lula vira réu em novo processo ]


O Ministério Público denuncia o petista de ter recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa no país.

O assunto ganhou repercussão após a justiça acatar o pedido da Força Tarefa da Operação Lava Jato.

De acordo com o apresentado, o MPF aponta que a quantia paga a Lula, que está preso em Curitiba (PR), fora feita como forma de doação ao Instituto com o nome do político nos anos de 2011 e 2012.

ão Paulo nesta sexta-feira (14) e deve responder por lavagem de dinheiro. Lula teria recebido R$ 1 milhão por favorecer a instalação do grupo brasileiro ARG na Guiné Equatorial. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), em São Paulo, no dia 26 de novembro, mas foi aceita pela Justiça Federal hoje.

A empresa brasileira teria feito uma doação para o Instituto Lula entre setembro de 2011 e junho de 2012, depois de Lula usar sua influência com o presidente Teodoro Obiang para ajudar a entrada do grupo no continente africano. Por conta do esquema, o controlador da ARG, Rodolfo Giannetti Geo, também foi denunciado por lavagem de dinheiro e tráfico de influência em transação comercial internacional.

Lula está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, depois de ter sido condenado por 12 anos no caso do triplex no Guarujá. A defesa ainda recorre da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas ainda não foi definida uma data para o julgamento do recurso.

O Partido dos Trabalhadores emitiu uma nota no final desta tarde, classificando a nova ação criminal contra o ex-presidente como descabida e que tem base em acusação frívola e desprovida de suporte probatório mínimo.


“É mais um passo da perseguição que vem sendo praticada contra o ex-presidente com o objetivo de impedir sua atuação política por meio da má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos (lawfare). A denúncia não aponta qualquer ato concreto praticado por Lula que pudesse configurar a prática de lavagem de dinheiro ou tráfico de influência. 

A doação questionada foi dirigida ao Instituto Lula, que não se confunde com a pessoa do ex-presidente. Além disso, trata-se de doação lícita, contabilizada e declarada às autoridades, feita por mera liberalidade pelo doador. Os equívocos do Ministério Público Federal na nova ação contra Lula serão apontados ao longo da ação, que deverá resultar na absolvição do ex-presidente”, afirma o texto publicado.

Já no mês passado, o Instituto Lula declarou em nota que todas as doações são legais e declaradas, sem qualquer tipo de contrapartida. Além disso, a nota ressaltava que os impostos foram pagos e o dinheiro foi utilizado nas atividades do próprio instituto.

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