O Ministério Público denuncia
o petista de ter recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o
governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da
empresa no país.
O assunto ganhou repercussão
após a justiça acatar o pedido da Força Tarefa da Operação Lava Jato.
De acordo com o apresentado,
o MPF aponta que a quantia paga a Lula, que está preso em Curitiba (PR), fora
feita como forma de doação ao Instituto com o nome do político nos anos de 2011
e 2012.
ão Paulo nesta sexta-feira
(14) e deve responder por lavagem de dinheiro. Lula teria recebido R$ 1 milhão
por favorecer a instalação do grupo brasileiro ARG na Guiné Equatorial. A
denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), em São Paulo, no
dia 26 de novembro, mas foi aceita pela Justiça Federal hoje.
A empresa brasileira teria
feito uma doação para o Instituto Lula entre setembro de 2011 e junho de 2012,
depois de Lula usar sua influência com o presidente Teodoro Obiang para ajudar
a entrada do grupo no continente africano. Por conta do esquema, o controlador
da ARG, Rodolfo Giannetti Geo, também foi denunciado por lavagem de dinheiro e
tráfico de influência em transação comercial internacional.
Lula está preso na sede da
Polícia Federal, em Curitiba, depois de ter sido condenado por 12 anos no caso
do triplex no Guarujá. A defesa ainda recorre da decisão no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), mas ainda não foi definida uma data para o julgamento do
recurso.
O Partido dos Trabalhadores
emitiu uma nota no final desta tarde, classificando a nova ação criminal contra
o ex-presidente como descabida e que tem base em acusação frívola e desprovida
de suporte probatório mínimo.
“É mais um passo da
perseguição que vem sendo praticada contra o ex-presidente com o objetivo de
impedir sua atuação política por meio da má utilização das leis e dos
procedimentos jurídicos (lawfare). A denúncia não aponta qualquer ato concreto
praticado por Lula que pudesse configurar a prática de lavagem de dinheiro ou
tráfico de influência.
A doação questionada foi dirigida ao Instituto Lula, que
não se confunde com a pessoa do ex-presidente. Além disso, trata-se de doação
lícita, contabilizada e declarada às autoridades, feita por mera liberalidade
pelo doador. Os equívocos do Ministério Público Federal na nova ação contra
Lula serão apontados ao longo da ação, que deverá resultar na absolvição do
ex-presidente”, afirma o texto publicado.
Já no mês passado, o
Instituto Lula declarou em nota que todas as doações são legais e declaradas,
sem qualquer tipo de contrapartida. Além disso, a nota ressaltava que os
impostos foram pagos e o dinheiro foi utilizado nas atividades do próprio
instituto.
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