O humorista José Luiz Almeida da Silva, mais conhecido como Jotinha, foi enterrado na manhã desta sexta-feira (6), em Elísio Medrado, cidade onde nasceu e que fica a cerca de 160 km de Salvador. Jotinha morreu após falência múltipla de órgãos em consequência do novo coronavírus.
A prefeitura da cidade decretou luto de três dias. Amigos do humorista e moradores de Elísio Medrado fizeram uma carreata, e outros seguiram com motos, da funerária até o cemitério da cidade.
Os familiares de Jotinha não puderam participar do enterro, pois estão sendo monitorados e vão passar por teste da Covid-19, já que tiveram contato com o humorista que teve resultado positivo para a doença.
Por onde a carreada passou, os moradores aplaudiam. A homenagem foi organizada por Miguel Alves, amigo de Jotinha e empresário na cidade.
“Foi tudo muito rápido, mas foi digno. Eu tenho um carro de som na cidade, sou locutor também e fizemos essa homenagem para ele, que era um querido entre nós. Jotinha falava dessa cidade com orgulho. Qualquer lugar que ele estivesse em entrevista, mandava beijo para o povo de Elísio Medrado”, conta Miguel.
Emocionado, Miguel relembrou o início da carreira de Jotinha e reforça o quanto o humorista era amado pelos moradores da sua cidade natal.
“Ele tinha uma paixão pela locução. No início da vida [artística] dele, ele tinha um quadriciclo pequenininho e uma caixinha de som que ele ganhou. Ele fazia propaganda por Elísio Medrado e não ganhava nada, ele fazia por amor. O comércio as vezes dava R$ 5, R$ 10 para ajudar na gasolina. Isso antes da fama”, relembra.
Miguel conheceu Jotinha quando os dois começaram a trabalhar juntos, com locução.
“Quando surgiu o whatsapp, um colega nosso colocou ele em um grupo e outro colega nosso comparou ele com um pintinho [ave], na resenha mesmo, sem maldade. Aí ele estava no grupo, não gostou e enviou um áudio, o áudio repercutiu na cidade e no país. Ele conseguiu alegrar inúmeras famílias, pessoas no Brasil inteiro”, diz Miguel./G1
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