Após o anúncio do São João
milionário em Itamaraju, o prefeito Marcelo Angênica (PSDB) passou a receber
milhares de críticas nas redes sociais. A maior parte da população que tem
questionado o alto custo do evento, indaga ao prefeito sobre a morosidade em resolver
problemas simples, a exemplo da iluminação pública, exames médicos e pagamentos
de salários de servidores, e por outro lado vendo tanta agilidade para se
gastar mais de um milhão nas festividades juninas.
A maior parte da população é
favorável à realização dos festejos, porém é quase unanimidade que a prefeitura
poderia ter utilizado uma receita mais “caseira” para economizar e investir em
áreas que encontram-se à beira da calamidade, a exemplo da escola Municipal
Doroty Stang, na comunidade rural do Tururim, que atualmente funciona em uma
sala completamente precária, sem banheiro e que mede aproximadamente 20 metros
quadrados.
Segundo informações prestadas
por membros do governo, o prefeito não conseguiu conter a “sede” de seu
parceiro, o vice prefeito Téa Produções. O vice se mostrou irredutível à
proposta de realizar uma festa menor, e destinar o recurso para outras áreas,
fato que tem causado grande desconforto interno no governo, pois é público e
notório que Téa Produções e sua esposa, a Secretária de Educação e Cultura,
Juciara Oliveira, respondem a diversos processos na justiça por
superfaturamento em eventos realizados nas cidades de Eunápolis e Porto Seguro.
No somatório das ações, somente da empresa onde Téa e Juciara são sócios, o
Ministério Público pede o ressarcimento de aproximadamente R$ 10 milhões.
Em Itamaraju o vice prefeito
também responde ao processo por suspeita de superfaturamento no São João de
2014. Na época, a empresa FPT Produções onde Téa Produções temo como sócia a
sua mãe, o Ministério Público percebeu indícios de superfaturamento, fato que
culminou em processo de suspensão de pagamentos das despesas da festividade,
revertido posteriormente à tempo de ser realizar o evento.
Falta tudo, inclusive
prioridade
O prefeito Marcelo Angênica
tem sofrido críticas por não priorizar setores importantes e que foram base
para suas principais promessas de campanha. Na saúde, por exemplo, a população
tem denunciado a falta de medicamentos, lençóis no hospital, postos de saúde do
interior sem médicos, médicos indo embora por falta de pagamento e até
pacientes tendo que levar lâmpadas de casa para colocar nos leitos.
Na educação, crianças estão
sendo submetidas a se locomoverem amontoadas em veículos que tem capacidade
para nove alunos mas transportam vinte. Uma das moradoras da localidade que não
quis se identificar questionou o gestor: “Poderia pegar os R$ 200 mil que vão
pagar o Michel Teló e reformar as escolas ou comprar um ônibus maior.”
Nossa equipe tentou contato
com o prefeito mas novamente o mesmo não atendeu ou retornou aos contatos.
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