Enquanto a gestão da cidade
de Teixeira de Freitas e outras da região lutam para organizar as finanças dos
municípios, evitando gastos com a realização das festas juninas, cidades do
Extremo Sul, como Itamaraju e Medeiros Neto, parecem não se preocupar com os
gastos exorbitantes na realização de eventos e optam pela política do pão e
circo, afinal, a festa é realizada mesmo não contando com recursos oficiais da
Bahiatursa. Os únicos municípios da região que contaram com esses recursos
foram Prado, Nova Viçosa e Ibirapuã.
É preciso que os gestores
entendam que o momento é muito crítico para os municípios, com a queda da
arrecadação e o aumento das despesas, principalmente com as folhas de
pagamento, devido aos reajustes legais e, também, em alguns casos, aonde as
folhas foram inchadas com a política clientelista dos prefeitos, transformando
a prefeitura em cabide de empregos, atendendo a compromissos políticos.
Fato que vem chamando
bastante atenção é a contração de cantores e bandas conhecidas nacionalmente,
custando uma verdadeira fortuna, o que poderia ser evitado se os organizadores
dessem espaço para atrações regionais e artistas da terra, o que não vem acontecendo.
Ao povo, só resta reclamar e pagar a conta.
Recentemente, a
Prefeitura de Itamaraju divulgou a programação da festa de São João, que conta
com nomes como Michel Teló, Falamansa, Mastruz com Leite, Lordão e Cheiro de
Forró. Enquanto a população acompanhou a saída de mais um dos principais
profissionais do Hospital Municipal. Um anestesista, com vasta experiência na
área, saiu que por não ter condições de trabalho.
Em sua mensagem de despedida,
o profissional desabafou: “Quem quer que as coisas funcionem direito incomoda,
e não irei incomodar mais!”. Em outra parte do texto o médico ainda diz: “só
para lembrar, não recebo pagamento desde março”.
Um morador usou as redes
sociais para mostrar sua insatisfação e fazer algumas denúncias. “Se tratando
de descaso com nossas crianças, eu não consigo me omitir a denunciar essa
vergonha que ocorre em Itamaraju. Hoje (14/6) de madrugada recebi o registro
onde 20 crianças são obrigadas a se amontoar em um veículo que só cabem 9
pessoas, e mesmo correndo riscos, tentam buscar conhecimento para quem sabe ter
uma vida melhor.
Porém, esse é o tratamento que recebem do governo que usa o
slogan ‘Pra cuidar e viver’. Aí me pergunto: ‘Mas cuidar de quê?’”,
desabafou./Foco no Poder
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