A senadora baiana Lidice da
Mata (PSB) comemorou a rejeição na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do
relatório da reforma trabalhista nesta terça-feira (20), e lembrou "as
atrocidades" nele contidas. Segundo ela, a proposta de Michel Temer "afeta
principalmente as trabalhadoras mulheres". Lídice apelou aos senadores
para não aprovarem o relatório.
"Não manchem suas
biografias aprovando essa iniquidade para salvar o mandato de Temer. Esta
reforma trabalhista é um estatuto da destruição do valor do trabalho no Brasil,
do valor da força de trabalho e do valor do trabalhador brasileiro", disse
a senadora.
Lídice da Mata denunciou o
"uso indevido de recursos públicos pelo governo federal", que editou
uma cartilha de 'propaganda a favor da reforma, sem que ela (a reforma) seja
lei', pois sequer foi votada no plenário do Senado.
Nos encaminhamentos da
votação, Lídice também lembrou que "nenhum apoiador da reforma teve
coragem de dizer que o projeto vai melhorar a vida dos trabalhadores". Ao
encaminhar voto contrário ao relatório do projeto pelo PSB, lembrou que a
Executiva Nacional deliberou pela rejeição.
"Este relatório da
reforma trabalhista tem requintes de crueldade. Não dá para entender um projeto
que prejudica as mulheres, as mães que estão amamentando e os trabalhadores em
geral. Só o requinte da perversidade permitirá que mulheres precisem negociar
com o patrão seus 30 minutos para amamentar. Ou que os trabalhadores percam
seus direitos amplamente conquistados. Na verdade, essa pseudo reforma de Temer
vai precarizar ainda mais as relações trabalhistas no País. Por isso, votamos
não aqui na CAS", declarou a senadora baiana.
Ao final dos debates, por 10
votos contrários e nove a favor, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado
rejeitou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre o projeto da
reforma trabalhista (PLC 38/2017).
Com a rejeição do relatório,
foi colocado em votação e o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS)
aprovado em votação simbólica para constituir o parecer da CAS. Agora, este
parecer segue para a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ),
onde será lido juntamente com o relatório aprovado na semana anterior pela
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), este outro favorável à
reforma./brasil247
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