Investigado e afastado pela
Polícia Federal e a CGU, juntamente com a esposa Claudia Oliveira, prefeita de
Porto seguro e o cunhado Agnelo Santos, prefeito de Santa cruz de
Cabrália, o prefeito Robério Oliveira em
conversa com um amigo, fala onde está guardado o dinheiro vivo, fruto das
corrupção.
Robério, junto com a esposa e
o cunhado foram afastados dos cargos de prefeitos pela Polícia federal na
“Operação Fraternos”, uma alusão à família dos acusados. A operação começou na
manhã desta quarta feira (07) com objetivo de desarticular uma organização
criminosa criada pelos responsáveis por
fraudar licitações nas prefeituras de Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e Porto
Seguro, todas no extremo sul da Bahia.
Na manhã desta quinta feira
(09), uma conversa vazada entre o prefeito Robério e uma pessoa identificada
pelo nome de Oziel, fala das preocupações do prefeito. Nas conversas via uma
rede social, o prefeito demostra preocupação com pai de Beto da Axé Moi, e de
como vai pagar a assessoria de advogados e desembargadores, já que todos os
seus bens foram bloqueados.
Nas conversas, é possível
observar a preocupação do interlocutor do prefeito com uma suposta amante do
gestor. Robério fala que tá preocupado porque está sem a prefeitura e não tem
como fazer dinheiro. Depois que Geddel foi preso porque mantinha mais de 51
milhões em um apartamento em Salvador,
país e a polícia já conhece esse esquema de guardar dinheiro vivo par
não chamar a atenção.
Em uma das conversas, Robério
admite que o dinheiro vivo está guardado em feira de Santana, mais não tem como
ir buscar, tem medo que a PF esteja vigiando.
Cerca de 250 policiais
federais, com apoio de 25 auditores da Controladoria-geral da União e de membros
do Ministério Público Federal, cumprem, nos estados da Bahia, São Paulo e Minas
Gerais, 21 mandados de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 42 de
busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
As investigações apontam que
as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar
para fraudar licitações, simulando a competição entre elas. Após a contratação,
parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado, utilizando-se de
“contas de passagem” em nomes de terceiros para dificultar a identificação do
destinatário final dos valores arrecadados, que, em regra, retornavam para
membros da organização criminosa, inclusive através repasses a empresa de um
dos prefeitos investigados. Essas mesmas empresas também eram utilizadas para a
lavagem do dinheiro ilicitamente desviado.
Em um dos casos investigados,
foi observado que uma das empresas do esquema tinha como sócio um
ex-funcionário de outra empresa do grupo criminoso, que teria investido 500 mil
reais na integralização do capital. Os policiais federais descobriram, no
entanto, que a renda mensal do ex-funcionário era de apenas R$ 800,00 na época.
Os contratos fraudados somam
aproximadamente 200 milhões de reais. Os policiais identificaram uma verdadeira
“ciranda da propina”, na qual as empresas dos parentes revezavam as vitórias
das licitações para camuflar o esquema e, em muitos casos, chegavam ao extremo
de repassar a totalidade do valor contratado na mesma data do recebimento a
outras empresas da família.
Os investigados responderão
pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e
passiva e lavagem de capitais./bahiaextremosul
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