Policiais federais realizam busca no Gabinete da Prefeitura de Eunápolis, no bairro Centauro
Eunápolis: A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta
terça-feira (07), a Operação Fraternos. Segundo a PF, a ação é para
desarticular organização criada por prefeitos, parentes entre si, apontados
como responsáveis por fraudar licitações nas prefeituras de Eunápolis, Santa
Cruz Cabrália e Porto Seguro, administradas pelos prefeitos Robério Oliveira,
Cláudia Oliveira e Agnelo Santos, respectivamente.
Os três prefeitos também
foram afastados das funções, por determinação do Tribunal Regional Federal da
1ª Região (TRF-1), por tempo indeterminado. Houve ainda sequestro de bens
imóveis e automóveis dos investigados, além do bloqueio de contas correntes.
Há também mandados de
condução coercitiva para os três prefeitos, mas eles não haviam sido
localizados até por volta das 11h da manhã. “Mas caso não se apresentem nas
próximas horas, vamos avaliar a possibilidade de pedido de prisão preventiva
deles”, afirmou o delegado Daniel Madruga, superintendente da PF na Bahia.
A OPERAÇÃO - Cerca de 250
policiais federais, com apoio de 25 auditores da Controladoria-Geral da União e
de membros do Ministério Público Federal, cumpriram, nos estados da Bahia, São
Paulo e Minas Gerais, 21 mandados de prisão temporária, 18 de condução
coercitiva e 42 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal
da 1ª Região.
Após a contratação, diz a PF,
parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado, utilizando-se de
“contas de passagem” em nomes de terceiros para dificultar a identificação do
destinatário final dos valores arrecadados, que, em regra, retornavam para
membros da organização, inclusive através repasses a empresa de um dos
prefeitos investigados. Essas mesmas empresas - conforme as investigações,
também eram utilizadas para a lavagem do dinheiro desviado.
Em um dos casos investigados,
foi observado que uma das empresas do esquema tinha como sócio um
ex-funcionário de outra empresa do grupo, que teria investido R$ 500 mil na
integralização do capital. Os policiais federais descobriram, no entanto, que a
renda mensal do ex-funcionário era de apenas R$ 800,00 à época.
Até por volta das 8h, já
haviam sido realizadas 17 prisões em Eunápolis, Porto Seguro. A Polícia Federal
não divulga os nomes dos investigados. Entre os detidos estão funcionários
públicos públicos, familiares dos prefeitos e donos de empresas.
As investigações apontam que
as prefeituras envolvidas contratavam empresas relacionadas ao grupo familiar
para fraudar licitações, simulando a competição entre elas.
Buscas realizadas também no Gabinete da Prefeitura de Porto Seguro
Após a contratação, diz a PF,
parte do dinheiro repassado pelas prefeituras era desviado, utilizando-se de
“contas de passagem” em nomes de terceiros para dificultar a identificação do
destinatário final dos valores arrecadados, que, em regra, retornavam para
membros da organização, inclusive através repasses a empresa de um dos
prefeitos investigados. Essas mesmas empresas - conforme as investigações,
também eram utilizadas para a lavagem do dinheiro desviado.
Em um dos casos investigados,
foi observado que uma das empresas do esquema tinha como sócio um
ex-funcionário de outra empresa do grupo, que teria investido R$ 500 mil na
integralização do capital. Os policiais federais descobriram, no entanto, que a
renda mensal do ex-funcionário era de apenas R$ 800,00 à época.
Os contratos somam
aproximadamente R$ 200 milhões. Os policiais - conforme a PF, identificaram uma
verdadeira “ciranda da propina”, na qual as empresas dos parentes revezavam as
vitórias das licitações para camuflar o esquema e, em muitos casos, chegavam ao
extremo de repassar a totalidade do valor contratado na mesma data do
recebimento a outras empresas da família.
Operação também na Prefeitura de Santa Cruz Cabrália
As assessorias das
prefeituras de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália ainda não se
posicionaram em relação às denúncias./RADAR 64
Nenhum comentário:
Postar um comentário