O juiz Bruno Savino, da 3ª
Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, autorizou a realização de exame
psiquiátrico no agressor do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro
(PSL), Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. A decisão foi publicada nesta quarta-feira.
Adélio, que esfaqueou Bolsonaro no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, está
preso preventivamente no Presídio Federal de Campo Grande (MS).
O pedido foi feito pela
defesa do agressor. Após a realização do exame, que ainda não tem data marcada,
os advogados deverão usar o laudo técnico para sustentar um segundo pedido de
avaliação da insanidade mental de Adélio. O primeiro pedido nesse sentido foi
negado pelo próprio juiz Bruno Salvino, no dia 12 de setembro passado, pela
falta de indícios de insanidade mental do esfaqueador do candidato do PSL.
O psiquiatra indicado pela
defesa para fazer o exame é Hewdy Lobo Ribeiro, cujo consultório fica
localizado em São Paulo. O Ministerio Publico Federal solicitou que o
procedimento fosse acompanhado por um medico do presídio de Campo Grande. Já a
defesa pediu que um advogado estivesse junto, o que foi negado.
O juiz Bruno Savino entendeu
que não há necessidade da presença de outras pessoas, pois não se trata de
atendimento ambulatorial.
“Assim para a realização
daquele ato cuja finalidade é unicamente subsidiar o requerimento de
instauração de incidente mental somente se faz necessário o contato entre o
investigado e o médico psiquiatra sendo prescindível em vista da natureza do
ato a presença de outro médico ou mesmo de representante da defesa técnica”,
escreveu o magistrado.
“Ressalto por oportuno trecho
da decisão anterior deste juízo que assegurou à Defesa apenas o acesso de
médico de sua confiança ao custodiado para que produza laudo técnico a fim de
subsidiar eventual renovação do pedido de instauração de incidente de
insanidade mental”, destacou o juiz. “Portanto, o exame requerido será
realizado apenas com a presença do médico particular indicado pela Defesa e o
investigado”, conclui Savino.
Adélio Bispo de Oliveira
esfaqueou Jair Bolsonaro durante um ato de campanha no Centro de Juiz de Fora,
no dia 6 de setembro. Ele foi preso na mesma data e confessou o crime. Em
depoimento, o agressor disse que agiu sozinho, “a mando de Deus”.
Porém, a Polícia Federal
deverá instaurar um inquérito para investigar se existe coautoria e se o
agressor recebeu algum pagamento, com base na apreensão de um cartão de crédito
internacional, dois cartões de débito e extratos bancários encontrados no quarto
da pensão onde Adélio se hospedou em Juiz de Fora.
O candidato do PSL segue em
recuperação, internado no Hospital Alberto Einstein, em São Paulo. Ele já
passou por duas cirurgias e lidera as pesquisas de opinião na corrida
presidencial.
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