As campanhas de Jair
Bolsonaro (PSL) e de Fernando Haddad (PT)passaram a trabalhar com a
possibilidade, que ainda consideram remota, de que a eventual disputa entre
eles no segundo turno seja antecipada para o primeiro turno.
Com base em números e análises
de sondagens eleitorais, eles veem a hipótese de a subida do candidato do PT
estimular o voto útil dos eleitores antipetistas em Bolsonaro, esvaziando ainda
mais Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e alcançando também candidatos considerados
nanicos, como João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB).
Num segundo momento, os
eleitores de centro e de esquerda que acima de tudo rejeitam Bolsonaro poderiam
migrar para Haddad para evitar uma vitória do capitão reformado já no primeiro
turno.
As rejeições praticamente se
equivalem: 49% dos eleitores dizem que não votariam num candidato de Lula (48%
admitem dar apoio). Bolsonaro é rejeitado por 44%.
A possibilidade assusta o PT,
que imagina que, no segundo turno, teria tempo de formar um arco de alianças
para ampliar seu eleitorado. Se tudo se precipitar, o diálogo fica descartado.
Analistas experimentados acham que a possibilidade de Bolsonaro levar no
primeiro turno, num acirramento, tornou-se real.
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