Afastado da campanha nas ruas
há duas semanas, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança da corrida
presidencial, de acordo com uma nova pesquisa feita pelo Datafolha.
Conforme o levantamento,
concluído nesta quarta (19), o capitão reformado do Exército oscilou dois
pontos para cima e alcançou 28% das intenções de voto, mantendo a trajetória de
crescimento observada desde o início da campanha.
O ex-prefeito Fernando Haddad
(PT), que cresce desde sua confirmação como substituto do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na corrida, atingiu 16% das preferências, três pontos a
mais do que na semana passada.
O candidato petista continua
tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), que ficou estagnado, com 13%.
O instituto entrevistou 8.601
eleitores de 323 municípios na terça (18) e na quarta (19). A margem de erro é
de dois pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi
contratada pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo e registrada no Tribunal
Superior Eleitoral sob o protocolo BR-06919/2018.
As menções espontâneas a
Bolsonaro também cresceram nos últimos dias, assim como as citações a Haddad.
Bolsonaro cresceu no Sudeste,
Norte e Sul, onde atingiu sua melhor marca (37%), e ganhou pontos entre jovens
e até entre mulheres, apesar da grande rejeição no segmento.
O petista cresceu no Sudeste
e no Nordeste -onde alcança a melhor pontuação (26%) e única região em que está
à frente de Bolsonaro.
O ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB), que tem quase metade do tempo de TV, está estagnado na
pesquisa, com 9%.
O tucano aparece empatado com
Marina Silva (Rede), que agora soma 7% das preferências, menos da metade do que
tinha no início da campanha.
As simulações do Datafolha
para segundo turno mostram que Ciro é o único candidato que venceria todos os
rivais.
Ele bateria Bolsonaro com 45%
das intenções, vantagem de 6 pontos sobre o capitão. Nos outros cenários,
Bolsonaro empata com Haddad, Alckmin e Marina.
A rejeição a Bolsonaro
continua alta, e a de Haddad cresceu. Segundo a pesquisa, 43% dos eleitores
dizem que não votariam de jeito nenhum no capitão e 29% rejeitam o petista.
Os eleitores de Bolsonaro e
Haddad são os mais convictos. Apenas um de cada quatro apoiadores dos
candidatos admite escolher outro nome.
No conjunto do eleitorado,
40% dizem que podem mudar o voto. Entre eles, 15% indicam Ciro como segunda
opção, 13% apontam Marina, 12% optam por Haddad e Alckmin e 11% indicam
Bolsonaro.
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