Brasileiros com idade entre
20 e 49 anos têm até o dia 31 de outubro para se vacinar contra o sarampo. O
prazo terminaria na próxima segunda-feira (31), mas o Ministério da Saúde
anunciou nesta tarde a prorrogação do prazo. Devido à pandemia – e à preocupação
com os riscos de contaminação pela covid-19 – a campanha deste ano acabou
atingindo um público menor do que o esperado.
Dados preliminares das
secretarias estaduais de saúde, registrados no Sistema de Informação do
Programa Nacional de Imunizações, apontam que, do início da campanha em 16 de
março até o dia 17 de agosto, 5.299.087 de pessoas na faixa etária de 20 a 49
anos foram vacinadas.
O número corresponde a apenas
5,8% das 90 milhões de pessoas que têm entre 20 e 49 anos, público-alvo da
quarta etapa da Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, doença
considerada “grave e de alta transmissibilidade”, uma vez que cada pessoa
contaminada poder transmiti-la a até 18 pessoas, principalmente por via aérea,
ao tossir, espirrar, falar ou mesmo respirar.
De acordo com as autoridades
de saúde, a principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação.
Nesse sentido, alertas têm sido dados à população sobre “a importância da
vacinação contra o sarampo, mesmo com a pandemia de covid-19 em evidência no
país”.
Campanha
A vacinação é a estratégia
que o Ministério da Saúde adota para interromper a transmissão, de forma a
eliminar a circulação do vírus no país.
As duas primeiras etapas da
campanha ocorreram em 2019. Em outubro, voltada a crianças de seis meses a
menores de 5 anos de idade; e em novembro, a segunda etapa, voltada ao público
com idade entre 20 e 29 anos. Entre fevereiro e março de 2020, o público-alvo
foi a população de 5 a 19 anos.
Quem não tomou nenhuma dose,
perdeu o cartão ou não se lembra de ter sido vacinado, deve receber apenas uma
dose da vacina.
Em caso de dúvida, a
orientação do Ministério da Saúde é a de procurar a unidade básica de saúde
mais próxima levando o cartão de vacinação e um documento. “Lá a situação
vacinal será avaliada e atualizada conforme recomendações do calendário básico
de vacinação”, informa o ministério por meio de seu site.
Sintomas
Pessoas acometidas pela
doença apresentam febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza,
conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes), fotofobia (sensibilidade à luz)
e pequenas manchas brancas dentro da boca.
Gestantes
A vacina é contraindicada
durante a gravidez pois é produzida com o vírus do sarampo vivo, apesar de
atenuado, e a gestação tende a diminuir a imunidade da mulher. O Programa
Nacional de Imunizações recomenda, inclusive, que mulheres em idade fértil
devem evitar gravidez até um mês após a vacinação.
Situação no país
De acordo com o último
Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano, até 25 de julho,
foram confirmados 7.293 casos de sarampo em 21 estados, entre eles: Pará (4.713
casos – 64,6%); Rio de Janeiro (1.241 casos – 17%); São Paulo (721 casos –
9,9%); Paraná (305 casos – 4,2%); e Santa Catarina (111 casos – 1,5%).
O Brasil permanece com surto
de sarampo nas cinco regiões, com 11 estados com circulação ativa do vírus. Os
estados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concentram
o maior número de casos confirmados de sarampo, totalizando 7.091 (98,3%)
casos.
De acordo com o Ministério da
Saúde, o país teve cinco óbitos por sarampo em 2020. Três deles no Pará, um no
Rio de Janeiro e um em São Paulo./Agência Brasil
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