O governador Rui Costa (PT)
avisou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que está
preocupado com a autorização para a utilização da Força Nacional de Segurança
Pública (FNSP) no extremo sul do estado. Através de uma correspondência enviada
nesta quinta-feira (3), ele alerta Mendonça que essa medida pode configurar
quebra do Pacto Federativo e flagrante desrespeito à lei.
O petista alegou que a Força
Nacional não pode ser utilizada para “afrontar a competência estadual, nem
substituir a atuação dos órgãos estaduais de segurança”. Ele autorizou a
Procuradoria Geral do Estado a ingressar com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, já que não houve solicitação expressa dele para que a
tropa federal fosse chamada.
“Tal conduta, já maculada
pelo caráter invasivo e ilegal, é agravada pelo total desprezo às regras de
convivência democrática [...] Também formalizei pedido de esclarecimentos ao
ministro da Segurança, mantendo firme a minha convicção do diálogo democrático
entre os entes e poderes da República. Também enviarei correspondência à
Procuradoria Geral da República (PGR)", protestou Rui.
Ataque
A decisão de autorizar o
emprego da FNSP nos municípios de Prado e Mucuri foi publicada nesta
quarta-feira (2) pelo Diário Oficial da União. A ação apoia o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e tem a coordenação da Polícia Federal.
O governo decidiu reforçar a
segurança nos assentamentos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) daquelas duas cidades baianas após um ataque que deixou oito
feridos e casas destruídas na semana passada, em Prado. A ideia do Ministério
da Justiça é 'restabelecer a ordem pública e a segurança das pessoas e do
patrimônio'.
Enviei hoje ao ministro da
Justiça, André Luiz Almeida Mendonça, uma correspondência externando a minha
preocupação com a autorização do emprego da Força Nacional de Segurança Pública
(FNSP), no Extremo Sul da #Bahia.
"Tal conduta, já
maculada pelo caráter invasivo e ilegal, é agravada pelo total desprezo às
regras de convivência democrática", prossigo. A Força Nacional não pode
ser utilizada para afrontar a competência estadual, nem substituir a atuação
dos órgãos estaduais de segurança.
Também formalizei pedido de
esclarecimentos ao ministro da Segurança, mantendo firme a minha convicção do
diálogo democrático entre os entes e poderes da República. Também enviarei
correspondência à Procuradoria Geral da República (PGR)./bnews
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