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domingo, 30 de agosto de 2020

Conselheiro do TCM nega envio das contas do prefeito de Itamaraju para a Câmara


O vereador Egnaldo Fernandes (PSD), acaba de distribuir uma nota/denúncia à imprensa, em que relata a estranheza de um movimento supostamente “orquestrado” para impedir que as contas de 2018 do atual prefeito de Itamaraju, Marcelo Angênica (PSDB), rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), sejam enviadas para serem analisadas e votadas na Câmara Municipal.

“Em 27 de novembro de 2019 o então conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto votou pela rejeição das contas do prefeito Marcelo Angênica no ano de 2018, por descumprimento do índice de pessoal e diversas outras irregularidades cometidas. Em 09 de junho de 2020 o conselheiro expediu um novo parecer no pedido de reconsideração, mantendo o voto de rejeição das contas do prefeito, por descumprir o índice constitucional de despesa de pessoal”, escreve Fernandes.

E segue: “Conforme regimento interno do TCM, o órgão deveria ter remetido as contas do prefeito para a Câmara em agosto de 2020, porém isso não ocorreu”.

Conforme foi verificado pela reportagem, a Câmara de Vereadores de Itamaraju solicitou ao TCM o envio das contas de Marcelo Angênica no dia 04 de agosto de 2020, porém, sete dias depois, o conselheiro Francisco Netto negou o envio, alegando que o prefeito de Itamaraju havia feito um pedido de revisão e por este motivo elas não poderiam ser enviadas à Câmara, pois as mesmas seriam analisadas pelo conselheiro Francisco Andrade Netto.

De acordo com o vereador Egnaldo Fernandes (PSDB), o regimento interno do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), estabelece regras em relação a pedidos de revisão de contas após reconsideração, o que na sua opinião não foi encontrado fundamento legal para tal decisão. “É preciso perguntar por que o senhor conselheiro Francisco Andrade Netto rejeitou as contas do prefeito de Itamaraju no primeiro julgamento, manteve o voto pela rejeição no segundo julgamento, inclusive citado pelo conselheiro que o prefeito não apresentou fatos novos e agora aceita novo pedido de revisão”, questiona.

E segue o seu questionamento: “Visto que a partir do momento que o conselheiro aceitou o pedido, ele atesta que cometeu um possível erro no julgamento. A pergunta em questão é o por que o conselheiro Francisco Netto cita que o prefeito no pedido de reconsideração não apresentou fatos novos em sua defesa, inclusive no primeiro julgamento o índice de pessoal terminou 56,13% e no segundo pedido ele reduziu para 54,57%, não tendo mais provas a apresentar”.

E finaliza: “O que chama a atenção é que o pedido de revisão foi feito pelo prefeito depois do prazo estabelecido no regimento do TCM e aceito pelo conselheiro. Com isso as contas do prefeito não foram enviadas para a Câmara Municipal, impedindo assim o Legislativo de julgá-las. Será que o conselheiro está fazendo favores políticos ou atestou e assinou que errou feio em suas análises mostrando que perdeu a suas qualidades perante aos demais conselheiros do TCM?”./Teixeira Hoje

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