O Governo da Bahia continua fazendo
negociações com a Rússia em relação a vacina que o país produz, a Sputinik V,
contra a Covid-19. No mês passado, o governador Rui Costa já tinha falado sobre
a vacina e da importância de estar em diálogo com os diversos fabricantes do
produto.
Por causa do interesse, o
governo assinou, na semana passada, um memorando de entendimento, para que os
testes da fase três da vacina sejam feitos em 500 pessoas na Bahia. A previsão
é que os voluntários comecem a receber as doses em outubro deste ano. Duzentas
e cinquenta pessoas receberão a vacina e as outras 250 o placebo.
Caso a vacina seja aprovada
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o estado baiano vai
receber doses já prontas para a aplicação.
A Bahia não vai participar da
produção da vacina. No entanto, a negociação prevê que todas as informações
científicas da vacina russa sejam repassadas para a Fundação Baiana de Pesquisa
Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos
(Bahiafarma).
O cronograma prevê as
aprovações legais ainda neste mês de setembro e o começo dos testes na Bahia em
outubro.
O Paraná também tem negociado
em relação a vacina da Rússia. A previsão é que os testes em voluntários
comecem em um mês.
No mês passado, o governador
da Bahia, Rui Costa, chegou a comentar sobre os boatos divulgados nas redes
sociais, de que a vacina russa não seria segura por causa da rapidez de
produção.
Na ocasião, ele foi afirmou
que todas as instituições que estão produzindo a vacina estão seguindo normas
severas de controle, que não permitiriam a aplicação de uma vacina que não
fosse segura.
"Tem uma norma rígida
internacional, organismos internacionais que controlam de forma muito rígida os
testes de vacinas. Então, todas as instituições, sejam elas privadas ou
públicas, de qualquer nacionalidade, têm que estar submetida a esse organismo
internacional.
Nós temos crença nas
organizações internacionais e nessa forma de fiscalização. O rigor é muito
grande, tem softwares, tem sistemas, tem fiscalização internacional, desse
processo de elaboração de vacina, porque toda a humanidade usará e, portanto,
poderá ter os benefícios", ponderou o governador.
Além da negociação com a
Rússia, o governo da Bahia também tem relações com outros produtores da vacina,
como a empresa alemã Pfizer, por meio da instituição Irmã Dulce, e pela
americana de Oxford, no Hospital São Rafael. Na lista, há também negociação com
a chinesa Sinopharm./G1 Bahia
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