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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Eloísa Mafalda morre aos 93 anos



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A dona de casa Nenê, de “A grande família”, ainda na TV em preto e branco. A carola ranzinza, dona Pombinha, em “Roque Santeiro”. A dona de bordel durona, Maria Machadão, de “Gabriela”.

Era Eloísa Mafalda no seu melhor papel: o de transformar personagens coadjuvantes em figuras inesquecíveis. Foi assim, vivendo gente como a gente, que a atriz fez o Brasil se apaixonar por ela.

“Eu acho que o prazer com que eu faço personagens, acho não, tenho até certeza, as pessoas dizem para mim na rua; ‘a gente sente, você passa o prazer de trabalhar, de fazer o personagem’”.

Na novela “O astro”, o marido de dona Consolação fugiu. O público dava palpite nas ruas.  Mãe por vocação, ganhou filhos num sem número de novelas.

“Eu me sinto a mãe de todo mundo. Acho que convenço na vida real e na televisão”.

Osmar Prado, filho de dona Nenê na primeira versão de “A grande família”, é um desses órfãos.

“Não ter vaidade excessiva, gostar das pessoas, condoer-se da dor alheia. Não sei se eu fui um bom discípulo, mas tenho consciência absoluta de que ela era mestre nisso”, disse o ator.

Eloísa Mafalda nasceu Mafalda Theotto, em 1924, em Jundiaí, no interior de São Paulo.

O começo foi em radionovelas. A paixão por representar só ganhou as telas da TV quando ela já tinha passado dos 40 anos, em 1965. Não demorou para se tornar um dos rostos mais conhecidos do Brasil.

O país admirava cada uma das “donas” criadas de forma impecável: dona Pombinha, dona Nenê, dona Consolação, dona Delfina, dona Mariana. O ciclo se encerrou na dona Carmem, na última novela, “O beijo do vampiro”.

Quando a memória já não respondia, e começou a falhar, dona Eloísa Mafalda se retirou de cena. Foi morar em Petrópolis, na serra fluminense. Foi lá que na noite de quarta-feira (16), o coração de 93 anos parou de bater.

Ela deixa dois filhos, dois netos, dois bisnetos e milhões de admiradores que já sofrem com a dor da saudade.

“Ela sempre tinha coisa engraçada pra contar, sempre tinha uma palavra carinhosa para quem tivesse alguma dificuldade. Uma pessoa admirável. Atualmente, de repente é uma pessoa que estava fazendo falta lá em cima, né? O céu está feliz, tem uma estrela nesse céu brilhando e mais alegre, com certeza”, disse o ator Ary Fontoura./G1

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