O ex-ministro José Dirceu se
entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília, nesta sexta-feira (18), em
cumprimento à ordem prisão determinada pela Justiça. O mandado foi assinado
pela juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, após o
esgotamento de recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que
condenou Dirceu – em 2ª instância – a 30 anos e nove meses de prisão na Lava-Jato.
O ex-ministro tinha até as
17h desta sexta para se apresentar. Ele deixou sua residência por volta das
13h45min, passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML) e foi levado para o
Complexo Penitenciário da Papuda.
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública do Distrito Federal, Dirceu foi deslocado para um dos blocos que reúne
internos com direito à custódia especial – como presos com curso superior,
políticos, ex-policiais e idosos.
O petista estava sendo
monitorado por tornozeleira eletrônica desde maio do ano passado, quando deixou
a cadeia por determinação da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa,
ele ficou preso de forma preventiva por um ano e oito meses, por determinação
do juiz Sergio Moro.
A acusação
Conforme denúncia, o
ex-ministro chefiou um esquema que teria recebido R$ 56,8 milhões em propinas
da empreiteira Engevix, fruto de desvios em contratos com a Petrobras. O valor
seria equivalente a 0,5% e 1% de cada contrato e aditivo da empresa em obras da
Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas e nas refinarias Presidente Bernardes,
Presidente Getúlio Vargas e Landulpho Alves.
A propina teria sido
repassada pela Engevix à empresa de consultoria de Milton Pascowitch. Em troca,
Dirceu mantinha pessoas de confiança em cargos estratégicos na Petrobras,
facilitando as fraudes./gauchazh
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