Um dos momentos mais
relevantes da história ocorreu na noite desta segunda-feira (11), já
terça-feira na Ásia: diante das câmeras, o presidente norte-americano, Donald
Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, encontraram-se em Singapura e
deram-se as mãos, antes mesmo de falarem entre si.
Em um evento claramente
preparado para as primeiras páginas dos jornais, os líderes posaram diante de
um cenário formado por bandeiras dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
Espera-se que os líderes cheguem a um acordo que encerre um conflito iniciado no
século passado. Estão em pauta a Guerra das Coreias, cujos líderes se
encontraram há pouco mais de um mês, o isolamento da Coreia do Norte e o
potencial nuclear de Pyongyang.
Após a fotografia histórica,
Trump deu um tapinha nos ombros de Kim e os dois seguiram para uma antessala.
Sentados e sorridentes, fizeram breves declarações para a imprensa:
Incrivelmente
bem-sucedida", Trump, sobre as expectativas do encontro que se inicia. Superamos todos os obstáculos
e estamos aqui hoje",
completou Kim aos repórteres.
Depois das fotos, os líderes
fizeram uma reunião fechada, acompanhados apenas de seus tradutores, que durou
cerca de 40 minutos. Uma outra reunião, dessa vez na companhia dos respectivos
assessores e aberta, ocorreu em seguida.
Do lado norte-americano da
mesa, além de Trump, estiveram seu conselheiro de Segurança Nacional, John
Bolton; o secretário de Estado, Mike Pompeo, e a tradutora Yun-hyang Lee, que também trabalha no
Departamento de Estado dos EUA.
Espera-se que os dois líderes
almocem e, em seguida, ao menos Trump dê declarações à imprensa. O presidente
norte-americano deve deixar o país até o final do dia para retornar aos Estados
Unidos.
Por que isso é importante
Esta é a primeira vez em que
um presidente norte-americano em exercício se encontra com um líder
norte-coreano. Antes de Trump, Bill Clinton viajou à Coreia do Norte, mas já
havia deixado a Casa Branca quando isso aconteceu.
Na manhã antes do encontro, o
presidente norte-americano publicou em seu Twitter que o mundo saberia "logo
se um acordo real pode acontecer". Em troca, ele deve oferecer a Kim um
tratado de paz e assistência econômica ao isolado país asiático, que sofre há
décadas com diversas sanções impostas pela comunidade internacional.
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