Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado - Foto: Reuters
Pela primeira vez desde
abril, o ritmo de transmissão da covid-19 está em desaceleração no Brasil. De
acordo com dados do centro de controle de epidemias do Imperial College, a taxa
de contágio (Rt) no país foi de 0,98, número que indica quantas pessoas são
infectadas, em média, por cada paciente do novo coronavírus. Os dados foram
verificados na semana que começou no domingo, 16.
Isso significa que 100
pessoas contaminadas contagiam outras 98 que, por sua vez, passam a doença para
outras 96. Essas contaminam 94 e assim sucessivamente, o que comprova a
desaceleração do contágio. Em julho, o País apresentou taxas de 1,01, situação
definida como "fora de controle". O Brasil deixou a zona vermelha
pela primeira vez depois de 16 semanas consecutivas de taxa de transmissão
acima de 1.
A nova configuração não
significa controle estabilizado da transmissão. Nos últimos sete dias, a média
móvel de novos óbitos foi de 989 a cada 24 horas pelo novo coronavírus. O País
registrou nesta terça-feira, 18, 1.365 mortes e 48.637 novas infecções de
coronavírus, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo,
Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. No total, 110.019
vidas já foram perdidas por causa da covid-19.
Os casos podem voltar a subir
se as medidas de prevenção não sejam tomadas. Países como Espanha, Rússa e
França haviam conseguido reduzir os índices, mas registraram nova fase de
aceleração. Na América do Sul, o mesmo aconteceu com Bolívia e Equador. Na
região, o Chile é o único outro país da América Latina com taxa de contágio
abaixo de 1 (0,85).
Esta também é a primeira vez
nos últimos quatro meses em que o Brasil deixou a liderança no número de mortes
semanais. Agora, o primeiro lugar está com a Índia, com 7,2 mil mortes por semana.
No País, a expectativa é de 6,9 mil óbitos. Os EUA adotam uma metodologia
diferente de cálculo por semana e não fazem parte do levantamento./terra
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