A população dos municípios de Jucuruçu e Itamaraju voltará a se unir na manhã deste sábado e se juntará em um grande manifesto às margens da BR-101, na altura do KM-813 no bairro Corujão, em Itamaraju, denominado “Sem asfalto, sem voto”. O objetivo é interditar a Rodovia Federal a partir das 08h deste próximo sábado, dia 15 de março, em protesto ao Governo da Bahia, que há anos, vem prometendo o asfaltamento dos 100 quilômetros da Rodovia 284 que liga Itamaraju a Jucuruçu e não se cumpre. O atual governo de Jaques Wagner chegou a começar as obras de terraplanagem no início de 2013, mas foram paralisadas logo em seguida.
Jucuruçu é a única cidade da Bahia que não é ligada por asfaltamento, apesar da sua grande importância econômica agrícola e pecuária para o Estado e por sua estrada está no principal corredor de acesso do norte de Minas Gerais as praias do extremo sul da Bahia, o asfalto que é o grande desejo destas populações regionais, parece não ter o reconhecimento político das autoridades estaduais. São 100 quilômetros de trechos íngremes e de barro vermelho, numa região onde se chove o ano inteiro, tanto que as obras de patrolamento e cascalhamento, embora os municípios façam, as fortes chuvas carregam depois. E a grande solução somente seria o asfalto que a população tanto insiste.

Segundo o padre diocesano Kremerson Dias, pároco da Igreja Matriz de São Sebastião, em Jucuruçu, que em 2009 e 2010 participou de outros dois movimentos semelhantes, quando era pároco da Paróquia de Fátima, em Itamaraju, o que acontece é um desrespeito que ocorre no tratamento do Estado para com as populações de Itamaraju e Jucuruçu, os dois maiores territórios agropecuários e mais importantes municípios agrícolas da Bahia. “A população sofre por demais neste trágico tráfego com poeira e os intermináveis buracos, onde os motoristas que trafegam na estrada têm de ter habilidade suficiente ao desviar de um buraco e não cair em outro, porque são valetas profundas em ladeiras sinuosas, além de muita lama na época chuvosa que com os atoleiros o risco é ainda maior, inclusive com registros de tantos acidentes fatais”, lamentou./Por Athylla Borborema
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