Apesar das reclamações, a turma do Ronaldinho insistiu no barulho, que só parou com a chegada da polícia. "Estava insuportável para todos os moradores. O som estava tão alto que em qualquer ponto do condomínio dava para escutar. A polícia foi fantástica. Não apelou para violência, mas foi firme quando determinou o silêncio absoluto. Depois, eles pararam de vez", disse o síndico do Parque das Dunas, Gilberto Oliveira.
O barulho não deve custar tão caro para Ronaldinho. Segundo o estatuto do local, o jogador, duas vezes eleito o melhor do mundo, terá que desembolsar R$ 100 por dia barulhento. Uma gorjeta se comparado com o salário mensal do jogador: cerca de R$ 900 mil no Atlético Mineiro. "Ele alugou uma casa, mas precisava se adequar às regras do local. Lá mora e veraneia muitas famílias que pregam pelo silêncio e descanso. A festa dele estava incompatível. É preciso respeito e hoje (sexta-feira) não vou admitir outro barulho daqueles", completou o síndico.
Reincidente.
Não é a primeira vez que Ronaldinho Gaúcho escolhe Jauá nas férias de fim de ano. Em 2012, ele alugou a mesma casa, mas foi menos chato. "Rapaz, ano passado ele ficou no mesmo local, mas ninguém ouvia barulho, apenas som e festa durante o dia. Este ano ele resolveu fazer um carnaval. Teve até gente querendo ir conferir a festa, mas a esposa não deixou", disse o morador que se identificou como Luciano.
A casa alugada pelo jogador é uma das melhores de Jauá, com dois andares, piscina e localizada na beira de um rio que passa por dentro do Parque das Dunas. Entre os moradores locais, o assunto já se espalhou e muitos defendem o dentuço. "Vou chamar ele para meu condomínio na Vila Formosa. Pelo menos com a bebida não precisamos nos preocupar, tampouco aquela vaquinha quando a cerveja acaba. Ele paga tudo e eu deixo ele fazer o barulho", disse o morador local, Budião. Mas Budião não pode criar expectativas. Neste sexta pela manhã, a comitiva de Ronaldinho saiu de Jauá e não deve mais voltar. A casa alugada já está fechada./PS
